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Aparente estratégia eleva ainda mais produção de carne de frango

Abates vêm sendo cada vez mais precoces


Na edição de outubro corrente de “Produção Animal – Avicultura”, a revista do AviSite, o Médico Veterinário Jairo Arenázio, Diretor Geral da Cobb-Vantress Brasil, ao destacar que os investimentos das casas genéticas em pesquisa são constantes, observa que graças ao melhoramento genético ganha-se, a cada ano, um dia na criação do frango.


Em outras palavras, isso significa que os abates vêm sendo cada vez mais precoces, produzindo-se cada vez mais carne com o mesmo número anterior de cabeças alojadas. Assim, feitas as contas, é possível constatar que o total alojado 6-7 anos atrás produz, hoje, cerca de 15% mais carne.

Mas isso também tem outro significado, perverso para o momento atual. Pois cada dia a mais do frango na granja significa mais carne, resultado indesejável quando se busca o equilíbrio entre oferta e procura. E pior ainda quando se constata que aves cujo abate poderia ser realizado aos 43 dias de idade, estão tendo sua criação estendida até os 50-52 dias.

Sabe-se, obviamente, que tal procedimento não corresponde a uma estratégia e, sim, a uma imposição de mercado. Mas seus efeitos apenas agravam a situação do setor, porquanto neutralizam totalmente a redução no número de cabeças alojadas – fato, aliás, já demonstrado até mesmo pelos números do IBGE.


Naturalmente, essa “estratégia” não vem sendo adotada por todo o setor. Mas supondo-se que ela fosse aplicada a todo o plantel alojado, uma produção mensal da ordem de 1,000 milhão de toneladas de carne de frango tenderia a subir para algo em torno de 1,150 milhão de toneladas.
Em suma, é preciso adotar outro tipo de estratégia. Mas que seja efetiva.

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