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Apenas 6,2 milhões de bois estão certificados pelo novo Sisbov

Umas das principais exigências feitas pelo mercado europeu para continuar importando a carne brasileira, está distante de ser atendida


A pouco mais de 60 dias da chegada de uma missão técnica da União Européia (UE) que vai vistoriar as condições sanitárias do país, umas das principais exigências feitas pelo mercado europeu para continuar importando a carne brasileira, está distante de ser atendida. Até agora apenas 6,2 milhões dos 201,4 milhões de bovinos e bubalinos do País estavam certificados pelo novo Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos).

A UE, principal cliente do País, exige que a carne que compra seja rastreada desde o nascimento ao abate do animal. Até junho, o mercado europeu foi responsável por 33% das exportações de carne "in natura" brasileiras. O equivalente a 191,7 mil toneladas. Os embarques brasileiros para os países da Europa de carne industrializada representou 45% do total das vendas brasileiras.

Para atender a esse requisito, o Brasil mudou seu sistema de rastreabilidade. Desde janeiro, o produtor é obrigado a comunicar aos órgãos sanitários e às certificadoras qualquer movimentação do rebanho rastreado no prazo de 30 dias. As certificadoras, por sua vez, têm 72 horas para reportar ao Sisbov, que é controlado pelo governo. O novo sistema guarda todas as informações relativas ao animal.

O antigo Sisbov, vigente desde 2002, rastreou 72,9 milhões de animais, mas com critérios são mais flexíveis. Não havia prazo para comunicar a movimentação do gado e o monitoramento não era completo.

De acordo com o Ministério da Agricultura, nas últimas semanas o novo sistema tem apresentado alta taxa de registros diários de novos animais (47 mil animais diários em julho). Apesar do baixo número total de registro, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, acredita que a metade do rebanho brasileiro será rastreada até o fim do ano.

Segundo o ministro, esse novo sistema não admite duplicidade de registros, por isso, espera que esse novo cadastro, que é mais eficiente, alcance 50 milhões de animais. O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, acredita que o Brasil conseguirá atender a todas as exigências da UE. "A cadeia produtiva está consciente de que precisa seguir as regras de certificação para manter as vendas ao mercado externo". Para Nogueira, o País atenderá às exigências.

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