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Apesar da pandemia, embarques de carne de frango permanecem em níveis elevados

Os embarques do primeiro trimestre não chegaram a ser afetados


Foto: Marcel Oliveira

Analisando a evolução das exportações de carne de frango na década encerrada em 2020, a Revista do AviSite, sua mais recente edição, observa que os volumes embarcados nos últimos 10 anos se mantiveram em relativa estabilidade, sem mais apresentarem aqueles excepcionais índices de expansão registrados na década anterior (2001/2010, período em que o Brasil se tornou o primeiro exportador mundial de carne de frango.

Com a pandemia – que, mundialmente, afetou o food-service, paralisou o turismo e interferiu na logística de distribuição – seria de supor que os volumes embarcados sofressem significativo retrocesso. Mas não. Considerado apenas o primeiro trimestre dos últimos 11 anos (2011 a 2021), a constatação é a de que as exportações do produto permanecem nos mais elevados níveis históricos.

Uma vez que o estado pandêmico só foi reconhecido pela OMS em março de 2020, os embarques do primeiro trimestre não chegaram a ser afetados. Pelo contrário, pois após grande retrocesso em 2019, as exportações voltaram ao ritmo normal, correspondendo ao segundo melhor resultado do período analisado.

Já em 2021, quando as dificuldades se intensificaram e os desafios se tornaram muito maiores do que no princípio da pandemia, um ano atrás, os embarques permaneceram no mesmo nível do ano anterior, sem qualquer involução.

Em outras palavras, as quase 960 mil toneladas de carne de frango in natura exportadas no primeiro trimestre deste ano ficaram menos de meio por cento aquém do que se exportou em idêntico período de 2020.

Já em relação ao recorde de, aproximadamente, 969 mil toneladas que se mantém há quatro anos (ou seja, desde o primeiro trimestre de 2017), a diferença a menos não chega a 1%, fazendo que os embarques deste ano correspondam ao terceiro maior volume da história das exportações.

Na média dos últimos 14 anos (2007/2020), o volume de carne de frango in natura exportada no primeiro trimestre correspondeu a 23,42% do total anual, distribuindo-se outros 25,36% no segundo trimestre, 26,18% no terceiro trimestre e 25,03% no quarto trimestre.

Mantidas essas médias nestes próximos trimestres, o total anual irá alcançar novo recorde, situando-se em torno dos 4,1 milhões de toneladas. Aliás, essa poderá ser a primeira vez – considerada apenas a carne de frango in natura – que se ultrapassa, em um único exercício, a marca anual dos 4 milhões de toneladas.

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