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Apesar da turbulência commodities retomam alta

Após queda generalizada, somente o milho conseguiu superar as perdas sofridas


Somente o milho conseguiu superar as perdas sofridas na quinta-feira, dia de maior oscilação. Depois do clima de pânico no mercado financeiro, quinta-feira passada, quando houve queda generalizada de todas as commodities agrícolas, as cotações voltaram a subir nas bolsas internacionais. No entanto, com exceção do milho, a recuperação foi parcial. Na sexta-feira, o café - que no dia anterior havia despencado 6,6% na Bolsa de Nova York (Nybot) - subiu 3,8%, a maior alta entre as commodities agrícolas. O contrato com vencimento em setembro fechou em US$ 115,55 por libra-peso.

Outra alta significativa ocorreu nos papéis do açúcar na Nybot que, após o recuo de 3,4% no dia da turbulência, fechou em alta de 2,8% na sexta-feira. Os contratos com vencimento em março finalizaram o pregão em US$ 964 por tonelada, ante os US$ 937 de quinta-feira.

Boa parte desse movimento positivo se deveu ao efeito da previsão de produção menor de açúcar no Brasil, divulgado no dia anterior pela União da Agroindústria Canavieira (Unica) para o Centro-Sul. "O mercado estava tão nervoso na quinta-feira que o relatório da Unica foi desconsiderado, o que foi revertido na sexta-feira", declarou Rodrigo Corrêa da Costa, analista da consultoria Fimat.

A Unica revisou sua projeção de moagem na safra 2007/08 de 420 milhões de toneladas para 410 milhões, o que representa um recuo da produção de açúcar para 25,1 milhões de toneladas. O volume é 2,7% menor que na safra anterior. No caso do café, segundo Costa, a alta de sexta-feira foi motivada pela inexistência de tendências baixistas, que seriam um possível clima chuvoso para os próximos dois meses no Brasil. O mercado aguarda essa informação para avaliar as condições da florada dos cafezais e, conseqüentemente, da produção do próximo ano, que tem potencial para ser recorde no Brasil, segundo o analista. Neste momento, o contexto é de produção inferior ao consumo, por causa da menor produção brasileira.

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