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Apicultores terão incentivo para competir no mercado internacional

Até o fim deste ano apicultores e meliponicultores ganharão incentivos para participar de feiras, estandes e rodadas de negócios internacionais


Anúncio foi feito na segunda-feira (11-10), durante abertura do X Congresso Iberolatinoamericano de Apicultura e da ApiExpo 2010, em Natal; dois eventos prosseguem até esta quinta-feira (14-10)

Até o fim deste ano apicultores e meliponicultores ganharão incentivos para participar de feiras, estandes e rodadas de negócios internacionais. O anúncio foi feito na segunda-feira (11-10) pelo presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), José Gumercindo Cunha, durante a abertura do X Congresso Iberolatinoamericano de Apicultura e ApiExpo 2010, em Natal, no Rio Grande do Norte. A inserção do mel brasileiro no mercado externo segue a linha da campanha nacional "Meu Dia Pede Mel", que o Sebrae lançou em maio para aumentar o consumo do produto no Brasil.

O X Congresso Iberolatinoamericano de Apicultura e a ApiExpo 2010 acontecem até quinta-feira (14-10), no Centro de Convenções da capital potiguar. Nesta edição, o tema principal é “O Meio Ambiente e a Apicultura no Agronegócio”. O evento, que deve reunir 2,5 mil participantes, é promovido pela Federação Iberolatinoamericana de Apicultura (Filapi), Confederação Brasileira de Apicultura (CBA) e Sebrae, com realização da Federação Apícola do Rio Grande do Norte (Farn). O encontro está sendo considerado pelos participantes como um dos mais significativos eventos internacionais de apicultura. Só na abertura estiveram presentes delegações de mais de 12 países.

Durante a abertura, José Cunha abriu a campanha "Meu Dia Pede Mel" no Rio Grande do Norte. Ela vem sendo lançada desde maio nos estados e divulgada por meio de rádios, TVs, carros de som e distribuição de folders explicativos. “A meta no primeiro ano de campanha é ampliar o consumo do mel no País em 10% e, no segundo ano, em 15%. Os brasileiros consomem 120 gramas de mel por ano, bem menos do que os Estados Unidos, onde a média é de 1,5 quilo por pessoa ao ano”, disse Cunha. Segundo ele, o Brasil tem grande potencial na atividade e os países lda América Latina juntos são mais fortes que a China.

Cunha afirmou que a Agência Brasileira de Exportação de Promoção e Investimentos (Apex), juntamente com a CBA, está trabalhando em um projeto para promover a apicultura brasileira fora do País. A ideia é possibilitar a presença brasileira em feiras internacionais do setor. “É um trabalho de muitas mãos. Esperamos que até o fim de 2010 o projeto esteja concluído, para que possamos levar os produtores brasileiros para Argentina, França, Ucrânia e países árabes”, informou Cunha. Para ele, a realização do Congresso no Brasil faz parte do esforço do País em se posicionar internacionalmente. “Nossa meta é ser sede do evento das Federações de Apicultura nos Países (Apimondia)”. A instituição congrega associações de 75 países.

Características técnicas

O presidente do Congresso, Valdemar Belchior Filho, ressaltou que no Rio Grande do Norte a Apicultura vem experimentando forte crescimento nos últimos oito anos. Segundos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Norte ocupa o sexto lugar no ranking de exportação de mel no Brasil. O município de Apodi, a 328 quilômetros de Natal, é hoje o maior produtor do estado e o segundo no ranking nacional.

“Antes de se iniciar um forte trabalho na apicultura do estado, eram 200 produtores responsáveis por 150 toneladas de mel por ano. Hoje são mais de 6 mil apicultores capacitados pelo Sebrae, com produção de 2,3 mil toneladas de mel por ano, sendo dessas, 1.950 destinadas ao mercado externo”, contou Valdemar

O superintendente do Sebrae no Rio Grande do Norte, José Ferreira de Melo Neto, lembrou que há oito anos a produção e a industrialização do mel praticamente não existiam no estado. “Não se ouvia falar em exportação de mel. Com o trabalho de várias entidades que se interessam pelo desenvolvimento do agronegócio no Rio Grande do Norte, como Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Universidade Rural do Semi-Árido (Ufersa) e Emater, foi possível trabalhar características técnicas, a exemplo do melhoramento genético das abelhas, aumento da produtividade, melhoria do produto e abertura de mercado”, afirmou.

Segundo Gilles Ratia, presidente da Apimondia, que existe há 150 anos, sua instituição tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico, social, ambiental, técnico e científico nos países associados. Ainda de acordo com Gilles, estão sendo criadas ‘Comissões Continentais’ visando, entre outros objetivos, estabelecer um banco de dados geral da apicultura, promover a atividade entre o público em geral e encorajar os países pobres a criar associações apícolas. “Nossa meta é integrar mais membros da América do Sul e países árabes, chegando a 100 países-membros”, disse.

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