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Aplicação do herbicida 2,4 D será debatido 

Deputado Hamm busca solução para o problema da deriva 


Os prejuízos causados à fruticultura, à olivicultura, à vitivinicultura, à apicultura e outras cadeias produtivas agrícolas pela aplicação do herbicida 2,4-D, no Rio Grande do Sul, serão debatidos durante reunião, em Porto Alegre. Requerimento para realização do encontro, apresentado pelo deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), foi aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

O encontro será realizado em conjunto com a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativo do RS, em data a ser definida. Segundo o deputado, o objetivo do encontro é buscar uma solução para garantir que o uso do herbicida no estado não sofra a chamada deriva, que ocorre quando o produto é deslocado por evaporação, escorrimento e/ou deslocamento pelo vento para áreas não previstas na aplicação.

“Laudos já confirmam resíduos desse herbicida hormonal em folhas de videiras e outras culturas, provocando crescimento descontrolado e causando danos milionários em função da perda de produtividade e qualidade nas culturas afetadas”, diz Hamm, no requerimento.  A deriva seria causada pela aplicação do 2,4-D em lavouras de soja das regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Centro, Serra e Campos de Cima da Serra.

As derivas, relata Hamm no requerimento, chegam a ultrapassar 10 quilômetros de distância entre as lavouras de soja e os cultivos afetados. Além disso, assinala, as pulverizações são feitas na primavera, quando há maior incidência de ventos nessas regiões.

Os produtores atingidos por derivas querem proibir ou suspender o uso de herbicida, utilizado antes do plantio da soja, principalmente para o controle de uma erva daninha resistente ao glifosato, a Conyza bonariensis, popularmente conhecida como Buva.

Os sojicultores dizem, por sua vez, que o uso do 2,4-D é fundamental para o controle de ervas daninhas. As entidades do setor têm se comprometido a realizar treinamentos de tecnologia de aplicação, a fim de evitar a deriva. Até agora, porém, observa Hamm, os resultados alcançados não foram os esperados.

“Precisamos buscar soluções para este impasse, visando prevenir, minimizar os impactos e harmonizar a produção agrícola, de forma que a diversificação de atividades rurais nas propriedades rurais seja preservada”, reforça Hamm, no requerimento. Para ele, só com diálogo o setor rural buscará o consenso sobre o uso do herbicida.

O parlamentar sugerem os seguintes órgãos público e entidades sejam convidadas para o encontro:

– Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

– Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS;

– Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do RS;

– Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul;

– Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul);

– IBRAVIN (Instituto Brasileiro do Vinho)

– Associação de Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha;

– AGAPOMI (Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã);

– Ibraoliva (Instituto Brasileiro de Olivicultura)

– Emater/RS;

– Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

 

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