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Após EUA e UE, Ucrânia questiona subvenção ao milho no Brasil

País quer entender melhor a influência de programas como Pepro e PEP na exportação do milho brasileiro


Depois dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), agora é a Ucrânia que demonstra interesse, na Organização Mundial do Comércio (OMC), pelos subsídios concedidos pelo Brasil ao setor agrícola. Em reunião do Comitê de Agricultura do órgão, a delegação ucraniana afirmou que tem acompanhado de perto uma longa série de questões apresentada por outros parceiros sobre o PEP (Programa de Escoamento do Produto) e o Pepro (Premio Equalizador Pago ao Produtor) brasileiros. Para a Ucrânia, a desvalorização do real pode explicar parte "do forte aumento nas exportações de produtos do Brasil cobertos pelo PEP/Pepro", mas país quer entender melhor a influência desses programas na exportação de milho.

A Ucrânia é um dos maiores exportadores de milho do mundo. Suas vendas aumentaram 26% em um ano e o país se prepara para aumentar o volume destinado para a União Europeia. A delegação brasileira respondeu explicando que os pagamentos dos dois programas ocorrem quando o preço do mercado é menor do que o preço mínimo fixado pelo governo. "O recente aumento no apoio ao milho está relacionado ao baixo preço observado nos últimos meses", declarou Luis Henrique Barbosa, adido agrícola na missão brasileira junto à OMC.

Segundo o Brasil, seu aumento das exportações de milho é fundamentalmente relacionado ao aumento da produção. A colheita em 2016/17 é a maior da história, com 97,7 milhões de toneladas. Nos últimos dez anos, a produção mais que dobrou e p salto não tem relação com subsídio, segundo a delegação brasileira. 
Certo mesmo é que, apesar do baixo nível de subvenções fornecido pelo governo, o apoio a agricultores brasileiros é acompanhado de perto por cada vez mais concorrentes.

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