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Aprosoja diz estar preocupada com uso da INTACTA2 XTEND®

Entidade formou essa posição após a empresa detentora da tecnologia e de registro do produto Dicamba ter alterado o registro e a recomendação de uso


Foto: Pixabay

Nesta terça-feira (17.08) a Aprosoja Brasil divulgou um manifesto em que diz estar preocupada em relação à utilização da tecnologia INTACTA2 XTEND®. Nesse mesmo sentido, a entidade também manifesta extremo receio em relação aos registros concedidos acerca das cultivares com a tecnologia de resistência ao herbicida Dicamba e ao registro concedido para o defensivo agrícola. A Aprosoja Brasil manifesta, especialmente aos órgãos competentes, sua preocupação com o registro das cultivares e do herbicida Dicamba, de modo a reverem seus atuais posicionamentos no intuito de evitar prejuízos para os produtores e à imagem da agricultura brasileira.

O engenheiro agrônomo, José Luis da Silva Nunes diz que o princípio ativo dicamba é classificado como herbicida hormonal (auxínico), que altera os processos bioquímicos e fisiológicos das plantas, o que pode promover alterações no crescimento dos tecidos vegetais. Este processo pode culminar com a morte da planta.

De acordo com o comunicado oficial, a entidade formou essa posição após a empresa detentora da tecnologia e de registro do produto Dicamba ter alterado o registro e a recomendação de uso do herbicida para uso apenas em pré-plantio e não recomendar seu uso em pós-plantio. Ou seja, a empresa, que registrou a biotecnologia e fez todo o marketing sobre o benefício pelo seu uso em pós-plantio, agora volta atrás e não mais recomenda a utilização até então propagada. Adicionalmente, as demais empresas que possuem registro para o herbicida também não recomendarão a sua utilização em pós-plantio.

A Aprosoja diz que, desde o ano de 2018 vem alertando as autoridades brasileiras para a necessidade de um regulamento mais rigoroso para o herbicida. Isso decorre dos problemas que os produtores norte-americanos passaram a enfrentar após o lançamento da tecnologia em soja com tolerância ao Dicamba nos Estados Unidos. Com as alterações promovidas pela empresa, é responsabilidade da Aprosoja Brasil alertar os produtores que a detentora da tecnologia INTACTA2 XTEND® e de registro de um produto formulado à base de Dicamba, assim como as demais empresas que possuem seu registro, deram sinal de que não se responsabilizarão pelos riscos de uso do produto.

"Mais do que isso. Caso opte por utilizar tanto as sementes transgênicas quanto o herbicida Dicamba, o produtor precisa entender que ele estará por sua conta e risco e que poderá ter problemas, mesmo que adote todas as recomendações de bula. Outrossim, diante dos fatos novos, os eventuais prejuízos a ele e a terceiros não serão assumidos pela empresa que lhe vendeu as sementes ou o herbicida", reforçou a entidade. 

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