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Aprosoja/MT acredita que 2007 será o ano da grande virada

O presidente da Associação admite que a nova safra começa com uma perspectiva de melhora


O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Rui Ottoni Prado, admite que a nova safra começa com uma perspectiva de melhora, mas ressalta que ainda é cedo para comemorar. “Temos prejuízos acumulados das safras passadas. Temos que honrar todos esses compromissos. Afinal, as dívidas públicas foram renegociadas, e não perdoadas. Uma coisa é certa: 2007 será o início da virada para o sojicultor”, anuncia.

A reação do mercado internacional para os preços da soja já nos últimos meses de 2006 demonstra uma perspectiva de melhora para o setor. No último trimestre do ano houve um aumento de cerca de U$ 3 por saca de soja.

Ottoni explica que isso é resultado do crescente interesse mundial pelo biodiesel. “É nele que reforçamos nossas perspectivas otimistas”, exclama. E completa: “O atrelamento da soja ao mercado energético vai valorizar ainda mais essa commodity”.

Durante 2006, o presidente da Aprosoja lembra que foi mais um ano de união entre os sojicultores. “Nossa atuação foi crucial para que obtivéssemos vitórias importantes, como a renegociação da dívida pública do setor”.

Ele cita ainda que outras importantes conquistas foram os mecanismos de apoio à comercialização de soja. “Pela primeira vez no Brasil, o governo federal criou programas para sustentar os preços da oleaginosa. Isso graças ao empenho de produtores e entidades de classe. É claro que os programas ainda não se mostraram 100% eficientes, mas o Pepro e Pesoja cumprem um papel de balizador de preços no mercado interno, principalmente para os produtores do Mato Grosso, tão afetados pelos custos logísticos”, aponta Ottoni.

Para 2007, como ele destaca, fica mantida a mobilização do segmento. “Devemos continuar lutando para aumentar a eficiência dos mecanismos. Outro ponto que não podemos perder de vista é a renegociação dos débitos privados. A dívida dos produtores de soja mato-grossense com as empresas é de aproximadamente R$ 2,5 bilhões. Podemos ter certeza que no ano agrícola 06/07 a luta vai continuar para garantir a sustentabilidade da sojicultura”.

Crescimento – Ottino também cobra do governo federal ações que possam incrementar o crescimento do País. “O Brasil precisa buscar um crescimento sólido e durável. Para isso, a União deve investir naquilo que insistimos há muito tempo, a logística. O pleno funcionamento de corredores de escoamento como as linhas de ferro, Ferrovia Senador Vicente Vuolo e Norte-Sul, vai reduzir custos de produção e tornar o produto brasileiro cada vez mais competitivo no exterior. As hidrovias são também meios de transporte que podem baratear ainda mais os custos até o porto.

As rodovias são outros eixos vitais nesse processo. Além das BR`s 163 e 158, é necessária a construção de uma rodovia que corte o Estado no sentido Leste-Oeste para facilitar o escoamento de grãos.

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