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Área de milho diminui no RS mas safra vai crescer


O Rio Grande do Sul deve colher um volume maior de milho neste ano do que na safra passada, mesmo com a diminuição de 5% na área cultivada. De acordo com o levantamento da situação das culturas e criações, realizado pela Emater/RS, ainda não é possível quantificar a produtividade total do Estado, mas em regiões como a da Produção, o Médio Alto Uruguai e o Noroeste Colonial, estão sendo obtidas produtividades de até 4 mil a 6 mil quilos por hectare, chegando até mesmo a mais de 10 mil quilos por hectare em algumas lavouras altamente tecnificadas.

Nos últimos dias, a colheita entrou em um ritmo mais lento devido ao clima chuvoso do início da semana, o que deixa o solo e o produto com alta umidade. Estima-se que 22% da área cultivada já esteja colhida. O mercado tem se mantido estável, com poucos negócios, e cotações entre R$ 18,00 e R$ 24,00 pela saca de 60 quilos. A colheita do arroz, que se encontra no início, foi paralisada devido à falta de condições operacionais. Estima-se que entre 2% e 3% da área plantada esteja colhida.

Já a soja vive uma situação inversa, sendo a cultura mais beneficiada pelo clima, embora algumas lavouras tenham sido prejudicadas pelas fortes enxurradas em partes isoladas do Estado. Em todas as regiões produtoras, as lavouras se encontram em excelente estado, com 39% na fase de floração e 55% na fase de enchimento de grãos. O mercado tem se mantido estável, com preços oscilando entre R$ 37,00 e R$ 39,00 a saca de 60 quilos. A colheita da primeira safra do feijão está chegando ao final, apresentando ainda um pequeno atraso em relação à média histórica. Os técnicos da Emater/RS indicam que 92% da área já foi colhida, 5% está madura e por colher e 3% em enchimento de grãos.

As condições climáticas foram muito boas para as pastagens nativas e cultivadas neste verão. A predominância de dias com temperaturas elevadas, boa luminosidade e precipitações freqüentes foram excelentes para o desenvolvimento dos campos que estão rebrotando. Mas, neste momento, predomina a sobra de pasto, o que provoca um desajuste entre a oferta de forragem e a lotação dos campos. Com isso, os pastos começam a perder qualidade rapidamente, a medida em que a sementação avança, caracterizando o final do ciclo das forrageiras, e o pasto grosso, que vai sobrando, deixa de ser consumido pelos animais. Ele acama, vira palha com as primeiras geadas, não alimenta os animais e dificulta a brotação do pasto novo. Os produtores também estão preocupados com a escassez e o preço das sementes das pastagens anuais de inverno que, por vezes, registram alta superior a 100% em relação ao ano passado.

Regional Sul

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