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Área de soja transgênica deve chegar a 90% no MT

Atualmente, cerca de 30% das lavouras são transgênicas no Estado


A produção de soja transgênica em Mato Grosso deve chegar a 90% nos próximos três anos. Atualmente, no Estado, cerca de 30% das lavouras são transgênicas. O presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Elton Hamer, afirma que a cada ano o percentual de produção de soja transgênica tem aumentado e que a produtividade será o fator preponderante na aceleração ou retardamento da soja transgênica no Estado.

Hamer diz que a aceitação dos transgênicos em 100% não acontecerá no Estado em função de haver propriedades, especialmente no Médio-Norte, que ainda apresentam nichos de mercado para os não-transgênicos. “Mas este mercado tem sido cada vez menos procurado”, destaca. “Caminhamos, no caso da soja, para maioria absoluta da área de Mato Grosso”, completa.

O presidente acredita na eficiência da transgenia nas sementes e grãos uma vez que apresentaram resultados positivos em relação à diminuição ao uso de agrotóxicos nas cultivares. Hamer destaca que são os herbicidas e fungicidas os principais responsáveis pelos malefícios à saúde humana como o desenvolvimento de câncer. No caso dos transgênicos, Hamer ainda não tem conhecimento de que a ingestão de alimentos modificados geneticamente provoque danos à saúde.

O presidente da Apromast exemplifica que o consumo tem sido desmistificado, especialmente em países de primeiro mundo. “É cada vez menor a rejeição aos produtos oriundos da transgenia em países desenvolvidos”, aponta.

Dessa forma, o produtor explica que o mercado indica a projeção de produção e não acredita que a produção será extinta. “Se houvesse grande rejeição não teríamos nicho de mercado”, pondera. Isso acontece, segundo ele, em função dos preços dos transgênicos aplicados no mercado serem praticamente equivalente aos não-transgênicos.

Atualmente, há basicamente um tipo de soja transgênica, a soja Roundup Ready (RR). Segundo Hamer, há casos em que se misturam soja transgênica e não-transgênica para exportação. Isso acontece ainda em função dos royaltes - impostos pagos pela utilização da tecnologia da Monsanto, empresa que descobriu a tecnologia RR. Na safra passada, a multinacional cobrou dos produtores R$ 0,88 por quilo de semente certificada, o que, segundo a Monsanto, correspondeu a uma remuneração a título de royalties de R$ 50 por hectare.

O presidente da Aprosmat espera que a tecnologia empregada descubra genes resistentes à seca e às pragas para aplicação em outras cultivares.

Ele lembra que a produtividade dos orgânicos, por exemplo, representa a metade do rendimento das cultivares geneticamente modificado. “Por isso, esse mercado é preenchido por pequenos proprietários, uma vez que a produção em larga escala encarece significativamente o produto. É um mercado direcionado”, completa.

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