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Área plantada de MT equivale a da Índia

Adoção da tecnologia agrícola transforma Estado em país, com superfície suficiente para ser o quarto maior do ranking mundial


Mato Grosso, maior produtor de grãos e fibras do país e o nono maior em soja no mundo, acumula mais títulos para sua galeria do agronegócio. O Estado detém também a maior área com cultivo de transgênicos (OGM) do País. Na safra 2015/16 foram semeados com organismos OGMs 12,68 milhões de hectares (ha), com soja, milho e algodão. Se fosse um país, seria o quarto maior do mundo, já que a área semeada com OGMs superada a da Índia. 

A área plantada total coloca o Estado em destaque no cenário mundial de cultivo organismos geneticamente modificadas (GM). Se fosse um país, estaria na quarta posição (entre 28 países) do ranking global de adoção de transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos (70,9 milhões de ha), Brasil (44,2 milhões de ha) e Argentina (24,5 milhões de ha). No país, além de Mato Grosso, se destacam o Paraná (7,23 milhões de ha) e o Rio Grande do Sul (5,53 milhões de ha). Os dados são do último relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA). 

Em Mato Grosso, a soja geneticamente modificada (GM) ocupou na safra passada 9,07 milhões de ha, quase o total da área cultivada com a oleaginosa (99,3%). Em relação ao milho, dos 3,36 milhões/ha, 3,17 foram cobertos com sementes transgênicas. No cultivo do cereal destacam-se além de Mato Grosso, os estados do Paraná, com 2,35 milhões/ha dos 2,55 milhões plantados em 2015/16, seguido pelo Mato Grosso do Sul que cultivou 1,45 milhão/ha com a variedade GM dos 1,55 milhão de hectares plantados. 

No algodão, Mato Grosso cultivou 440 mil/ha com variedades transgênicas dos 580 mil plantados, em seguida está a Bahia com 200 mil dos 290 mil cultivados e por fim, Goiás. 

As taxas de adoção de milho e algodão GM, as outras duas culturas com variedades transgênicas disponíveis no Brasil, também são expressivas. Para a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, o protagonismo do Estado se deve à sua vocação agrícola e ao desenvolvimento de tecnologias adaptadas à região. “Os altos índices de adoção de transgênicos em Mato Grosso revelam o reconhecimento da eficiência dessas sementes por parte dos agricultores e a confiança em sua segurança”, analisa. 

Conforme a executiva, a utilização de sementes transgênicas tem trazido benefícios para o Brasil, uma vez que elas facilitam o manejo da lavoura e podem proporcionar ganhos de produtividade, reduzindo a necessidade de expandir terras agricultáveis para a produção de alimentos. Além disso, devido às características adicionais das sementes GM, elas favorecem a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis.

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