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Argentina admite que não soube combater gripe com critério único

Argentina admite que não soube combater gripe com critério único


Governo diz que número de mortos pode ser superior a dados oficiais.

Declaração é do ministro da Saúde argentino, Juan Manzur.

EFE - O governo argentino reconheceu que não soube combater a gripe suína com um "critério único" e admitiu que a quantidade de mortos pela doença pode ser superior aos dados das informações oficiais, que até o momento informam de 94 vítimas fatais
O ministro da Saúde argentino, Juan Manzur, disse, em entrevista publicada neste domingo (12) pelo jornal "Clarín" que não se pode tomar "medidas unilaterais" para lutar contra uma pandemia, em tácita alusão a sua antecessora no cargo, Graciela Ocaña, que renunciou no final de junho.

"Não falarei de Ocaña, porque foi muito respeitosa comigo. Neste momento, temos que olhar para frente e impulsionar uma luta em todo o país. Por isso, na segunda-feira passada, nos reunimos com os ministros provinciais e definimos critérios para diagnosticar e tratar a doença", disse.

Manzur insistiu em que está "decidido" a não esconder números em relação à doença e considerou relativa a posição de que a Argentina está entre os países com maior quantidade de mortos pela gripe suína, atrás dos Estados Unidos e do México.

"O número pode chamar a atenção, mas é preciso colocar a informação no contexto. Em julho de 2006, por exemplo, 339 pessoas morreram por causa do vírus sazonal da gripe e esse dado passou despercebido. A gripe mata muita gente a cada inverno", disse.

Afirmou que 40% dos mortos, até o momento, eram pessoas saudáveis e garantiu que nenhum argentino com gripe suína ficará sem tratamento, porque "há antivirais suficientes".

Manzur afirmou que "é provável" que a quantidade de mortos seja superior às 94 mortes confirmadas oficialmente, depois que números extraoficiais indicaram que há mais de 100 vítimas fatais.

Devido à pandemia, a capital e a maioria das províncias decretaram emergência sanitária, além de restringir, e inclusive suspender, as atividades nas escolas, universidades, teatros e tribunais, entre outros.

Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.

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