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Argentina compra soja para manter fornecimento de farelo

País é o maior fornecedor de produto fundamental para alimentação pecuária


Em face da quebra de safra por problemas climáticos nessa ano, a Argentina deverá se tornar um importador líquido de soja na temporada. Um exemplo claro disso foi o anúncio feita nesta terça-feira (10.04) da aquisição de 120 mil toneladas da oleaginosa dos Estados Unidos – fato que não ocorria há 20 anos.

“De um lado, a Argentina teve quebra de, pelo menos 17 milhões de toneladas em relação ao ano passado (40MT contra 57MT). De outro, ela é a maior exportadora mundial de farel. Por isso, o verdadeiro drama do mercado atual é a falta de fornecimento de farelo ao mercado mundial, porque uma das principais fontes de alimentação animal”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica. 

Ele explica que, para tentar se manter como grande fornecedora de farelo de soja no mundo, a Argentina está tentando comprar soja em grão para esmagar e continuar fornecendo este insumo básico. Por isso, está comprando o que pode do Paraguai: já comprou 1,3MT e espera comprar mais 1,8MT totalizando 3,1MT das 9,0 que o Paraguai tem para exportar.

Com isto, o principal parceiro comercial do Brasil no Mercosul passa de ser exportadora a importadora de grão da oleaginosa nesta temporada 2017/2018. Além de farelo, a Argentina é também o maior fornecedor mundial de óleo de soja.

Em seu relatório mensal divulgado nesta semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) diminui a produção na Argentina em 7.0MT, para 40MT, devido à redução de área e de rendimento. Com a redução da sua produção, o esmagamento de soja na Argentina foi reduzido em 1,8MT, para 41,2MT, resultando em menor produção de farelo de soja e óleo.

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