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Argentina e México definem passos para livre comércio


A Argentina e o México começarão a definir, entre hoje (25-02) até sexta-feira (28), as bases para o acordo de livre comércio entre ambos países. Esta será a terceira reunião negociadora Argentina-México, da qual sairá o primeiro rascunho do acordo que incluirá questões relativas ao acesso aos mercados, normas sanitárias e fitossanitárias, normas técnicas, regime de origem e procedimentos alfandegários, práticas desleais de comércio, regime de salvaguardas, investimentos, compras do setor público, serviços, solução de controvérsias, propriedade intelectual, política de concorrência e assuntos institucionais.

No último dia de reunião, sexta-feira, o vice-chanceler argentino, Martín Redrado, pretende intercambiar com os negociadores mexicanos as listas de ofertas dos produtos que seriam comercializados sem alíquotas. Para o governo argentino, este será o segundo acordo comercial mais importante para o país, depois do Mercosul, porque se trata do acesso a um mercado de, aproximadamente, US$ 30 bilhões anuais, segundo cálculos da chancelaria.

Na lista de ofertas para o acordo de livre comércio México-Argentina haverá uma primeira etapa contendo os produtos que entrariam nos dois mercados com alíquota zero, na qual a Argentina pretende incluir todos os alimentos com ou sem valor agregado. Outras três etapas prevêem desoneração a ser feita em cinco, dez ou mais de dez anos para os produtos declarados sensíveis. Nestas últimas etapas, entram primeiramente os produtos lácteos, devido às fortes políticas de proteção do México.

A Argentina também está interessada em incorporar na lista de alíquota zero as exportações de setores como petroquímica, química, alumínio, vinhos, têxtil e vestuário, nos quais o México não é competitivamente forte em nível mundial. Os acordos entre ambos países tiveram início no ano passado, a partir do segundo semestre, quando as montadoras argentinas começaram a enviar 50 mil unidades de automóveis sem alíquotas para o México, ao invés das anteriores 18 mil unidades que pagavam alíquota de 8%. A partir de 2006, o comércio de automóveis será totalmente livre, sem cotas.

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