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Argentina pode desequilibrar mercado mundial

Quebra de produção de soja é principal fator altista


O mercado internacional da soja continua vendo a provável quebra de produção de soja na Argentina como o principal fator altista à frente. “Se, por um lado, é verdade que o mercado já precificou esta situação, por outro, tudo poderá mudar a partir dos mapas dos períodos seguintes”, alerta a T&F Consultoria Agroeconômica.

“Os fundos de investimento, por exemplo, já esgotaram os seus sentimentos de alta e resolveram tomar lucros das enormes posições vendidas que tinham até o momento, jogando as cotações para baixo nos dois últimos dias (quinta e sexta da semana passada). Assim, com Chicago caindo e o dólar despencando no Brasil, mais o início da colheita, é pouco provável (a menos que ocorra algum falto novo inesperado) que os preços subam a curto prazo”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco.

O fato novo, de acordo com analistas de mercado argentinos, poderá ser a confirmação da redução da safra argentina, dos iniciais 57 milhões de toneladas para 54 milhões ou mesmo 50 milhões. A BCBA já adiantou que é muito provável que a área prevista seja inteiramente plantada. Ressaltou, porém, que estas chuvas não serão suficientes para o desenvolvimento das plantas nas principais áreas de produção do país – províncias de Buenos Aires e La Pampa –, o que poderá significar realmente uma redução na produção.

“Redução na produção argentina de soja, principalmente se for acima de 4 milhões de toneladas, significa um forte desequilíbrio no quadro de oferta e demanda mundial de grão e, principalmente, de farelo e óleo, já que o país é o maior fornecedor mundial desses dois subprodutos. Por isso o mercado está tão apreensivo. Evidentemente, que a demanda convergirá para o Brasil e para os EUA, aumentando os preços e os prêmios do mercado físico e as cotações dos mercados futuros.

Mas, esta confirmação só ocorrerá em definitivo a partir de abril quando a Argentina começar a colher a sua safra de soja. Até lá, o mercado sofrerá altos e baixos, na medida das especulações sobre a sua produção”, conclui Pacheco.

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