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Armazenagem registra déficit histórico

Plano Nacional tem como meta minimizar os problemas de armazenamento de grãos e fibras


Plano Nacional tem como meta minimizar os problemas de armazenamento de grãos e fibras


A safra brasileira de soja 2012/2013 teve o lançamento inédito em Sorriso com a participação do ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, que durante o evento se comprometeu em incluir as demandas regionais de Mato Grosso no Plano Nacional de Armazenagem (PNA), lançado em julho, pela presidente Dilma Rousseff. O Plano tem como objetivo estabelecer diretrizes para uma melhor distribuição geográfica e ampliação do parque de armazenagem no país. A intenção é contemplar a armazenagem relacionada a todas as cadeias produtivas, sendo desenvolvido em duas etapas, a primeira de grãos e fibras e a segunda para os demais produtos, cujas demandas encontram-se em fase de levantamento junto as Câmaras Setoriais.


O governo federal solicitou junto à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) sugestões para inclusão no Plano Safra 2012/2013, inclusive informações de armazenagem para o PNA. O que fez com que a Famato, por meio do Instituto Matog-grossense de Economia Agropecuária (Imea) realizasse um estudo da realidade atual do Estado e dos produtores  em termos de armazens. De acordo com a analista de Agricultura da Famato, Karine Gomes Machado, entre as readequações que foram solicitadas pela Federação junto ao governo federal depois deste levantamento, a mais importante está no Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), onde está a maior urgência. Isso porque hoje por meio dele os produtores têm crédito de R$ 1.3 milhões de limite por propriedade, sendo que o ideal é R$ 2 milhões, com uma linha de financiamento com prazos maiores para investimentos. “O ideal é uma linha de crédito fixa, que dure todo o ano safra”, avalia Karine Gomes.

O Plano Nacional de Armazenagem (PNA) sairá do papel até o final deste ano. O Grupo de Trabalho (GT), criado pela Portaria n. 379 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já realizou cinco reuniões para discutir as metas e as estratégias para o desenvolvimento do plano. O GT é constituído por representantes dos setores público e privado, sob a coordenação do Mapa e tem como colaboradores entidades representativas dos segmentos da indústria, exportadores, cooperativas e armazenadores.


De acordo com o coordenador-geral de Infraestrutura Rural e Logística da Produção do Mapa, Carlos Alberto Batista, o PNA tem como objetivo geral estabelecer diretrizes para uma melhor distribuição geográfica e ampliação do parque de armazenagem no país. O coordenador diz ainda que o país tem um déficit de capacidade estática de armazenagem. A disponibilidade não atende o vertiginoso crescimento da produção e a demanda por esse serviço. Por isso, o Plano vai apresentar medidas que possam solucionar os gargalos da armazenagem. O Governo Federal deve implementar políticas de incentivo e programas de financiamento para que a iniciativa privada possa se instalar em diferentes regiões. A demanda por armazenagem é maior no segmento de grãos e fibras, como milho, soja, arroz, feijão e o algodão.

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