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Arroz de sequeiro atrai atenção de chineses no Mato Grosso


A plantação de arroz de terra altas (sequeiro), no município de Sinop (a 503 quilômetros de Cuiabá) é alvo dos chineses, que virão ao Estado no dia 4 de março para conhecer as variedades e a tecnologia empregada para o desenvolvimento desta cultivar.

A China é hoje o maior produtor de arroz no mundo, com mais de 30 milhões de hectares, mas atravessa um momento crítico: a falta de água poderá comprometer a cultura irrigada do cereal. Nas principais cidades chinesas como Beijing, Shangaï, Tianjing e Xian, a disponibilidade em água para uso humano já não é mais suficiente. Antevendo os desdobramentos desta crise, as autoridades chinesas querem uma mudança drástica na cultura e passar a cultivar a variedade de sequeiro. Essa conversão necessitará de provavelmente o uso de variedades híbridas para poder manter os níveis de produção.

Para conhecer a maior cultura de sequeiro do Brasil, o doutor Tao DAYUN, diretor do Instituto de pesquisa em culturas alimentares da academia de ciência agrícolas do Yunnan (YAAS) estará em Mato Grosso.

O diretor estará acompanhado por agrônomos do CIRAD, uma empresa com grande experiência em arroz de sequeiro no mundo todo, e que participou do desenvolvimento da cultura do Mato Grosso.

O arroz de terras altas é a nova definição dada ao arroz de sequeiro, que ao longo do tempo foi adquirindo um caráter pejorativo, sendo rotulado como um produto de baixa qualidade.

Diferentemente do arroz irrigado – denominado popularmente de arroz agulhinha e de o melhor qualidade e produtividade por hectare cultivado no Sul do País – o arroz de terras altas continua sendo utilizado como a primeira cultura a ser plantada pelos agricultores devido sua fácil germinação e resistência.

Hoje estima-se que no Estado a produtividade do arroz de sequeiro obtenha por hectare cerca de 2,9 mil quilos.

De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra passada brasileira somou 11 milhões de toneladas de arroz, sendo deste total apenas um terço corresponderia ao arroz de sequeiro. Apenas a região sul corresponde a cerca de 57% do total divulgado pela Conab. A região Centro-Oeste representa cerca de 16% do total nacional. Mato Grosso, o segundo maior produtor do País, é o estado com maior representatividade (12%).

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