A cadeia produtiva do arroz será debatida nos dias 28 a 30, durante a 6ª Festa do Arroz, em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá). O evento será realizado no Ginásio de Esportes José Carlos Pasa, numa promoção conjunta da prefeitura, Câmara Municipal, Embrapa, governo estadual e Associação dos Produtores de Arroz (APA). Paralelamente à festa, será realizado o 4º Seminário do Arroz.
Sinop é o principal pólo de produção de arroz de sequeiro de Mato Grosso, com cerca de 400 mil toneladas. O eixo das lavouras espalha-se também pelos municípios de Cláudia, Vera, Itaúba e Tapurah.
Além do cultivo, Sinop tem ainda um importante parque de beneficiamento de grãos, formado por algumas das maiores empresas do ramo no Brasil. "Estamos vivendo a verticalização da produção", comemora o presidente da APA, Angelo Maronezzi.
A festa realiza-se em comemoração à safra, e também para permitir reunião para troca de experiências entre produtores, compradores, beneficiadores e outros empresários que atuam na orizicultura. "Sinop desenvolveu variedades de arroz reconhecidamente resistentes, com boa palatividade e extraordinário rendimento na panela", observa o secretário de Agricultura de Mato Grosso, Homero Pereira.
A expansão do cultivo deverá ser um dos temas dominantes na festa. Essa é a previsão de Maronezzi, que aposta no arroz como cultura de rotação e como futuro commodidy agrícola mato-grossense. "A China é o maior produtor mundial desse cereal, e já começa a sentir problemas de água para irrigar suas lavouras. Se o governo criar um mecanismo de fomento para o produtor de arroz de Mato Grosso, num prazo razoável poderemos ocupar bons nichos do mercado mundial, exportando o excedente de nossa produção," finaliza Maronezzi.