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Arroz na recuperação de pastagem

Cultivo de arroz gera lucros e ainda contribui para a preservação do meio ambiente


Ainda não parou de chover em algumas regiões de Mato Grosso e como é sabido os prejuízos para pecuaristas não serão poucos. Uma avaliação da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) mostra que mais de 70% do rebanho bovino da região Nordeste do Estado está passando fome, 20% da pastagem morreram na seca do ano passado e agora sofrem com os constantes ataques das cigarrinhas e lagartas. Por outro lado, o Estado tem condições de agregar mais 9 milhões de hectares de pastagens degradadas ao processo produtivo e expandir seu rebanho bovino. Para isso, é preciso investir na recuperação das áreas desgastadas.


O engenheiro agrônomo da empresa de pesquisa de sementes Agro Norte, Mairson Robson Santana, explica que várias técnicas são utilizadas na reforma de áreas de pastagens. O cultivo do arroz tem se destacado como a prática economicamente mais viável, pois gera lucros e ainda contribui para a preservação do meio ambiente. Segundo ele, utilizando o arroz o produtor tem a possibilidade de renovar o pasto a um custo menor em relação a outros métodos e ainda terá lucros com a comercialização do cereal produzido.

O pesquisador explica que já no primeiro ano, o pecuarista consegue pagar os custos com o cultivo do arroz e ainda ter lucro com a produção, uma vez que a expectativa é de que ele obtenha de 60 a 75 sacas de arroz por hectare. Outra vantagem é que se pode aumentar a carga animal já no primeiro ano de cultivo, uma vez que os resultados da reforma do pasto com o plantio de arroz possibilitam aumento de 3 a 4 animais por hectare.

Segundo Mairson Santana, 68% dos pecuaristas mato-grossense têm problemas de pastos degradados, necessitando de reforma e a integração lavoura-pecuária pode ser aplicada nos casos em que lavouras e pastagens anuais são utilizadas como intermediárias na recuperação ou renovação de pastagens.


O agrônomo diz ainda que sistemas integrados de rotação de lavouras e pastagens têm-se mostrado eficientes na melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, quebra de ciclos de doenças, controle de invasoras, melhorando e mantendo a produção animal e de grãos. "Nosso objetivo é mostrar aos pecuaristas que estão com problemas de pastos no Estado que é possível fazer a renovação da área como era feita na década de 1970, quando se plantava arroz e se fazia o plantio de culturas no sistema de rotação".

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