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Artigo: Com transgênico ou sem transgênico? Eis a questão!

O crescimento global do cultivo e do comércio de variedades geneticamente modificadas aumentou também a complexidade do gerenciamento e da pre


Por ¹Edna Maria Morais Oliveira

O crescimento global do cultivo e do comércio de variedades geneticamente modificadas aumentou também a complexidade do gerenciamento e da preservação da identidade de algumas commodities agrícolas na cadeia produtiva.

A análise de produtos alimentícios e rações para animais contendo organismos geneticamente modificados (OGM) são necessárias tanto para verificar a adequação da legislação de rotulagem em vigor tanto no comércio nacional como no internacional de grãos e matérias-primas, como também para o controle de OGM não autorizados no mercado.

Essas análises são realizadas através da detecção e quantificação do DNA, que pode ser “encontrado” mesmo em alimentos altamente processados (biscoitos, patês, embutidos...), usando métodos baseados na reação em cadeia da DNA polimerase (PCR - Polimerase Chain Reaction) em tempo real, permitindo determinar o percentual de OGM no alimento processado.

Neste contexto, a Embrapa Agroindústria de Alimentos coordena um projeto que poderá dar suporte às demandas da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) para as questões relacionadas à circulação de OGM no mercado brasileiro, garantindo, assim, que o consumidor tenha informações sobre os alimentos e exerça o seu direito de escolha no momento da compra. Também participam deste projeto a Embrapa Soja, Embrapa Arroz e Feijão, Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O projeto tem recursos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os trabalhos tiveram início em 2008 e será concluído no final de 2011. Os métodos de detecção/quantificação dos OGM desenvolvidos pela Embrapa estão em fase de validação.

Após a validação pode-se repassar a metodologia para a SDA. Assim, quando a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberar organismos geneticamente modificados para o mercado, poder-se-á monitorá-los ao longo da cadeia produtiva.

¹Edna Maria Morais Oliveira ([email protected]), doutora em Bioquímica e pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos

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