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Artigo: Contribuindo para alimentar o mundo

O RS poderá contribuir com alimentos para o mundo.


Certamente não é bravata de gaúcho. Realmente o RS poderá contribuir com alimentos para o mundo. O desequilíbrio na oferta de alimentos para atender a população mundial tenderá a se acentuar nos próximos anos, devido a fatores como o crescimento demográfico em regiões mais pobres e a evolução do seu poder aquisitivo. O hemisfério Norte já atingiu o limite físico para a produção de alimentos, o que abre perspectivas cada vez mais promissoras para a América Latina e África, especialmente. Neste cenário, o Brasil e, particularmente o RS, destacam-se pelas excelentes condições de solo, clima, insolação e áreas agricultáveis, bem como pela avançada tecnologia de produção já atingida. Em tal contexto, se o Rio Grande do Sul for ágil, poderá tirar proveito deste potencial de mercado. Impõe-se, como medida prioritária, o aprofundamento do diagnóstico já existente das suas disponibilidades de água doce para servir de base a um plano de irrigação de grande porte, capaz não só de resolver o problema decorrente das estiagens, como também reter tanto quanto possível a água antes que vá para o mar. Um plano dessa envergadura e alcance poderia ser elaborado com a colaboração de parceiros como, por exemplo, o Estado de Israel, detentor de avançadíssimo know how na área de irrigação e, na sequência, candidatar-se à obtenção de financiamento até a fundo perdido junto a instituições internacionais de fomento, como o Banco Mundial e a FAO/ONU, por exemplo, não esquecendo a qualidade do projeto a ser apresentado. Como referência, poderia ser considerado o trabalho apresentado pelo dr. Rogério Porto, onde uma ação como esta permitiria elevar a produção gaúcha de grãos (soja, milho, arroz etc.) para patamares beirando 150 milhões de toneladas anuais de grãos. Com isso, além de multiplicar a renda com a exportação de commodities para o mundo, o Estado também daria um verdadeiro salto de qualidade na consolidação de sua agroindústria com efeitos altamente positivos em toda a cadeia produtiva, refletindo subsidiariamente para o desenvolvimento econômico e social do RS.


Paulo Vellinho, empresário.

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