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Assistência revigorada em 2012

Orçamento turbinado e promessa de contratações


Com orçamento turbinado e promessa de contratações, Ascar/Emater pretende ampliar e qualificar serviços no campo

Com salto aproximado de 50% no orçamento de 2012 para R$ 203 milhões, o presidente da Emater, Lino De David promete maior presença no campo, após um primeiro ano em que boa parte dos esforços foram para reestruturar a empresa. David promete novas contratações e a conclusão de estudo técnico sobre alternativas jurídicas de sobrevivência no futuro da empresa, que briga na Justiça para manter a filantropia.


Correio do Povo: O que dificultou a atuação da Emater em 2011? Lino De David: A desestruturação em que a Ascar/Emater se encontrava, fruto da gestão 2007/10, dos desmandos administrativos, o endividamento e a insuficiência de recursos humanos e financeiros deixados para o orçamento previsto para este ano. Nós, no primeiro ano, reestruturamos a Ascar/Emater do ponto de vista financeiro, administrativo e de reposição de recursos humanos e hoje estamos em uma situação equilibrada do ponto de vista da continuidade do trabalho.

CP: O senhor considera o quadro funcional suficiente para atender ao campo?

David: Se quisermos qualificar a extensão rural, com maior presença junto aos agricultores, especialmente em programas que exigem uma ação mais intensiva, isso pressupõe que precisamos ampliar o quadro funcional. As contratações dependem de ampliação orçamentária, mas nossa meta é conseguir ampliar o quadro.

CP: O que muda com o novo convênio com o Estado?

David: O convênio tem duração de quatro anos, não será mais anual, o plano de trabalho já foi definido, com orçamento de R$ 153 milhões em 2012, além de demais fontes de recursos. Nessa nova modalidade, haverá ajuste anual do plano de trabalho e do orçamento.

CP: Qual o maior desafio para 2012?David: Nossa intervenção será fundamentalmente no objeto fim porque no primeiro ano trabalhamos muito tempo em gestão e administração para reorganizar a instituição. Queremos estar mais presentes, oferecer uma assistência técnica mais intensiva ao produtor, fazer com que o nosso quadro funcional seja qualificado para responder de forma ainda melhor às demandas dos agricultores Da mesma forma, nesse processo vamos avançar na organização econômica dos agricultores, através do apoio ao cooperativismo, nesta nova linha de trabalho que nós adotamos neste ano. E avançaremos na ideia de enxergarmos o conjunto das cadeias produtivas, trabalhar a produção, o processamento, a agroindustrialização e a comercialização. Até porque um conjunto de políticas públicas federais e estaduais aponta para apoiar fortemente a organização e a comercialização. Também pretendemos avançar nas parcerias locais e regionais.


CP: Como estão as negociações de alternativas para a sobrevivência da Emater e de sua futura forma jurídica?David: São duas coisas diferentes. Uma é a estabilidade e a sustentação da Ascar/Emater, e isso está expresso no compromisso político que assumimos de recuperar e sustentar economicamente a empresa. E esse compromisso está mantido. A prova foi o que aconteceu neste ano com ações como contratações e ampliação de verba. Com relação a uma nova figura jurídica, a Ascar/Emater vem fazendo estudos técnicos para subsidiar a formulação de uma opinião do governo sobre o tema de uma figura de natureza pública. O assunto, antes de qualquer definição, passará por discussões com os trabalhadores e as entidades ligadas à agricultura familiar. Esses estudos não excluem o cenário de manter a Ascar/Emater com personalidade jurídica de direito privado.
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