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Associação Brasileira de Ovinocultura de Leite prioriza genética

Para o aperfeiçoamento genético, a Associação estabelecerá uma série de parcerias


A criação de um vigoroso programa de melhoramento genético e a redução de tributos na comercialização de leite e derivados são as metas definidas pela Associação Brasileira de Ovinocultura de Leite, fundada em Chapecó, em maio passado com o apoio do Sebrae/SC. O presidente Érico Tórmem reuniu a diretoria, nesta semana, na Cabanha Chapecó, situada na linha Tórmem, em Chapecó, e definiu o plano de trabalho para 2011.

Para o aperfeiçoamento genético dos ovinos de leite, a Associação estabelecerá uma série de parcerias. Uma delas é com a Nova Zelândia, para onde viajam no próximo dia 5 dois diretores – Valdair Eco, criador em Chapecó (SC) e Márcio Aguinski, especialista de ovinos em Viamão (RS) – onde pesquisarão as formas de produção, as raças mais utilizadas e a genética disponível em ovinos leiteiros.

Outra parceria será mantida com o centro de pesquisa da Embrapa de Sobral (Ceará), especializada em ovinos e caprinos. O vice-presidente da Associação é o médico veterinário Octávio Moraes, que acaba de assumir a chefia desse estabelecimento, criando um canal inédito de cooperação e intercâmbio entre o setor produtivo e o centro de estudos. O programa de melhoramento genético de ovinos e caprinos será o primeiro tema dessa nova fase de relacionamento.

Com as Universidades regionais, a Associação Brasileira de Ovinocultura de Leite quer firmar convênios para orientação e acompanhamento do processo produtivo. Uma das tarefas será aferir, periodicamente, a produção dos animais de excelência para fins de formação de ranking e comprovação de eficiência produtiva. Assim, os criadores interessados em vender genética terão o aval da universidade em relação à performance do sêmen e dos animais comercializados.

O presidente Érico Tórmem destaca que a intenção é organizar os produtores para buscar o melhoramento genético de cruzamento de raças e seleção de animais puros. “A produção de leite de ovelha é uma atividade significativa e, com a organização da cadeia produtiva, será possível fortalecer o segmento”, salienta o produtor que conta com 1.100 ovelhas, que produzem 180 litros de leite por dia.

Os criadores também decidirão participar da exposição de animais, da mostra de máquinas e equipamentos e do seminário técnico que compõem a programação da Mercoláctea 2011, no período de 11 a 14 de maio de 2011, em Chapecó.

TRIBUTOS

Érico Tórmem antecipou que a Associação Brasileira de Ovinocultura de Leite proporá ao novo governo, em janeiro, um levantamento periódico dos rebanhos brasileiros para orientação do mercado. Mas, a principal reivindicação será a isenção da tributação do Pis e do Cofins, na esfera federal, e do ICMS, nos Estados, sobre a comercialização de leite de ovelha e seus derivados. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, onde essa pecuária é mais expressiva, terão prioridade nessa desoneração.

Até pouco tempo, a criação de ovelhas tinha como objetivos apenas a exploração de lã e o consumo da carne. Com a expansão do mercado leiteiro ovino, a criação artesanal da ovelha passou a ser resgatada. Produtos como queijos e iogurtes estão surgindo com força e o leite passou a ser a grande aposta do setor.
Tórmem destaca que em Santa Catarina existem cerca de 2.800 ovelhas leiteiras, que produzem em média 600 litros de leite de ovelha por dia. “Nossas expectativas são promissoras, pois existem muitos produtores interessados e a tendência é que mais agroindústrias absorvam a produção”, destaca.

O presidente destacou o apoio do Sebrae no fomento da atividade.

As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Ovinocultura de Leite.

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