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Associtrus aconselha produtor a não colher laranja para entregar a R$ 3,50

Flávio Viegas, presidente da Associtrus, sugere, que em vista do preço praticado atualmente, é melhor que o produtor deixe de colher a laranja


Apesar das altas no preço do suco de laranja em Nova Iorque, em função da sucessão de estiagem e geadas na Flórida, o preço da laranja paga ao produtor no Brasil continua baixo e sem previsões de alta. A caixa de 40 kg está sendo comprada por R$ 3,50. Flávio Viegas, presidente da Associtrus, sugere, que em vista do preço praticado atualmente, é melhor que o produtor deixe de colher a laranja. “Com o preço de R$ 3,50 nós estamos doando laranja e ainda assumimos o risco de contratar pessoal e sofrer uma ação trabalhista... Estamos recomendando ao produtor que não entregue a R$ 3,50, porque é trabalho escravo. Deixe apodrecer a laranja”.

Viegas explica uma proposta de preço mínimo de R$ 13 está sendo encaminhado ao Ministério da Agricultura. Ele diz ainda que, por conta das “especificidades” da cultura, alega-se que não é possível colocar um preço mínimo na laranja, mas ele afirma que este é um argumento falho. “O caso dos citrus é parecido com o da uva, que está enquadrada na política de preço mínimo”.

Hoje o mercado de citrus no Brasil é controlado por 4 a 5 grandes empresas que ditam as regras e que recebem os produtos de quase 5 mil produtores de todo o país. "O custo de produção para entregar a caixa na fábrica custa no mínimo R$ 15, quer dizer, ele está tendo um prejuízo de R$ 12".

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