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Audiência Pública debate renegociação das dívidas arrozeiras

Produtores devem ganhar prazo até 30 de junho para negociar


Os arrozeiros que não renegociaram suas dívidas para pagamento em 10 anos, poderão ganhar prazo até o dia 30 de junho para fazê-lo, segundo Renato Rocha, presidente da Federarroz. Esta decisão foi tomada em conjunto pelos representantes do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Fazenda (MFAZ), presentes na audiência pública para debater o endividamento dos arrozeiros na Comissão de Agricultura da Câmara Federal.

 
A Federarroz contextualizou o problema, suas razões e fez referência a adesão parcial dos bancos privados ao refinanciamento, colocando todo o esforço do governo federal, dos parlamentares e das entidades em risco. O prazo para a renegociação era 30 de abril, mas como os bancos privados não aderiram integralmente às regras aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional, vários produtores não conseguiram repactuar o passivo nas condições aprovadas pelo governo. “Fizemos o pedido. O governo foi sensível e vamos esperar novo prazo nos próximos dias”, afirma Rocha.
 
Da audiência, em Brasília (DF), proposta pela Federarroz, participaram o presidente da Federarroz, Renato Rocha, o VP Daire Coutinho e o diretor técnico José Carlos Gross, e os dirigentes da Farsul, MFAZ, MAPA, deputados da Comissão, deputados federais gaúchos: Alceu Moreira (PMDB), Luis Carlos Heinze (PP), Jerônimo Goergen (PP), Ronaldo Nogueira (PTB), Marchezan Jr (PSDB) e Afonso Hamm (PP). Da Federação Brasileira de Bancos esteve presente o diretor Ademiro Vian. Segundo ele, os bancos estão renegociando caso a caso.

“Isso não está acontecendo e solicitamos que os bancos sejam pró-ativos e chamem seus clientes à renegociação, pois será bom para os dois lados: o produtor que retoma acesso ao crédito e o banco que resolve o impasse e resgata seus clientes”, diz Rocha.

 
Os representantes do governo e parlamentares fizeram coro pela sensibilidade dos bancos, levando em conta o esforço realizado para resolver a questão das dívidas setoriais. O diretor da Febraban informou que dos 4.100 produtores aptos a renegociarem as dívidas, só 680 as recontrataram. A Federarroz solicitou ao Ministério da Fazenda um balanço do total de contratos renegociados pelo programa. O representante dos bancos levará à Febraban a demanda dos agricultores. “Esperamos uma solução rapidamente, para que mais arrozeiros possam aproveitar o programa e o prazo que deve se abrir”, finaliza Renato Rocha.

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