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Aumento da produção reduzirá cotação do milho

O milho deverá sofrer mais pressão por preços, nos Estados Unidos os estoques estarão mais folgados, bem como no Brasil


Para a próxima safra a expectativa é de aumentar a produção de milho mundialmente. O consumo do grão nos Estados Unidos pode sofrer alguma alteração com a maior utilização na fabricação de etanol, o que influencia nas exportações americanas. “Os americanos usam mais o milho no consumo interno, então o cenário do país não deve mudar significativamente”, afirmou Jacqueline Bierhals - Gerente da Agroenergia da Agra FNP, Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência dos Alimentos (USP) e palestrante do 24º Seminário Cooplantio, encerrado na última sexta-feira (03).

O Brasil produzirá cerca de 53 milhões de toneladas de milho, o que pode trazer problemas devido ao excesso de produção. Dessa estimativa somente 7.500 milhões de toneladas serão destinadas à exportação, 12,27% da exportação mundial do grão, o restante fica como excedente interno. “Prevê-se 10 milhões de toneladas de estoques, não há grande pressão de aumento no consumo interno”, afirmou Jaqueline.

Ainda assim corre-se o risco de, caso os Estados Unidos aumentem um pouco a produção, diminuir as oportunidades do mercado brasileiro de exportação. Segundo Jaqueline “a safra deve ser planejada para o mercado interno. O custo está em R$18,50 por saca, qualquer quebra pode gerar prejuízo ao produtor. O preço não estará na extrema baixa de US$2,50 nem nos já alcançados US$6,00 por bushel. A cotação do grão na próxima safra deve ficar entre US$ 3,5 e US$ 4,00 o bushel.

O milho deverá sofrer mais pressão por preços, nos Estados Unidos os estoques estarão mais folgados, bem como no Brasil. O uso de grãos geneticamente modificados deve aumentar a produtividade brasileira e propiciar mais rentabilidade. “No milho verão haverá uma retração da área de 6,83%, é importante o produtor planejar para abastecer bem a demanda, sem excesso de produção. Se reduzirmos a área em um milhão de hectares já pode ser suficiente para reduzir a demanda e aliviar os preços”, avaliou Jaqueline.

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