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Australiano investe em transgênico na Bahia

A primeira experiência do agricultor será o cultivo de algodão transgênico


A cada dia, o Brasil atrai agricultores de outros países para produzirem aqui. O agricultor australiano, Robert Newell, e seu filho James Newell, compraram no ano passado uma propriedade de 11,35 mil hectares na região Oeste da Bahia no valor de US$ 4,1 milhões. O objetivo é cultivar principalmente organismos geneticamente modificado, como algodão, soja e milho, mesmo diante do baixo dinamismo da biotecnologia brasileira. "Vamos fazer uma rotação das culturas, vai depender do preço de cada cultura", disse James Newell.

A primeira experiência dos Newell será no cultivo de algodão transgênico. "Existem muitas oportunidades no Brasil, o clima é favorável às lavouras, tem água e terra com valor bem menor que na Austrália", disse Robert Newell, que foi convidado pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) para participar da audiência pública de novas variedades de algodão, sexta-feira, no Senado, em Brasília. Segundo ele, o valor da terra brasileira custa três vezes menos que o da Austrália.

Na primeira fase, eles vão cultivar 950 mil hectares de algodão transgênico na safra 2007/08, na qual pretendem colher 300 de arroba da pluma por hectare. Eles pretendem usar metade da propriedade no Oeste baiano para o cultivo do algodão os outros 50;perc; para a produção da soja, ambos geneticamente modificados. A prioridade do destino das culturas agrícolas é o mercado externo, para países como China e Indonésia. Os Newell são tradicionais produtores de algodão transgênico na Austrália, onde 95;perc; dos agricultores cultivam organismos geneticamente modificados.

Robert Newell produz mil hectares de algodão transgênico naquele país. Entretanto, disse que a área plantada na próxima safra deve cair devido à seca. De acordo com os Newell, é viável produzir transgênicos no Brasil por conta dos custos menores. O custo do algodão geneticamente modificado na Austrália chega a US$ 2,3 por hectare, em média, enquanto que no Brasil gira em torno de US$ 1,8 por hectare. Lá 100;perc; da plantação é irrigada, o que gera mais gastos com água. O diretor da Céleres, Anderson Galvão, diz existir demanda adicional por algodão de 4,5 milhões até 2017. O País pode aproveitar e elevar a produção de 1,4 milhão de toneladas, na safra atual, para 4,5 milhões de toneladas na safra 2016/17.

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