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Autossuficiência baiana na produção de pescado é foco de seminário

Segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, a produção baiana cresceu 57%


A Bahia se tornou autossuficiente na produção de pescado, atingindo a marca de 120 mil toneladas nos últimos três anos. Segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, a produção baiana cresceu 57%. Para que a Bahia continue apresentando aumento na produção pesqueira, o governo estadual tem desenvolvido diversas ações para qualificar pescadores e comerciantes e regulamentar a atividade. É com esse objetivo que acontece até esta quarta-feira (24-11) o 1º Seminário de Comercialização de Pescado da Bahia, que começou nesta terça-feira (23-11), no Senai/Cimatec, em Piatã.

Durante o evento, promovido pela Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária (Seinp), em parceria com o Ibama/BA, serão discutidas comercialização, legislação, qualidade do pescado e políticas públicas para o setor.

O secretário-extraordinário da Indústria Naval e Portuária, Roberto Benjamin, observou que a maior parte dos pescadores desconhece a legislação ambiental, os regulamentos do setor e a maneira correta de manipular o produto. “Queremos conscientizar a todos sobre quais são os procedimentos, quais são os regulamentos para comercialização do pescado, a fim de que o produto chegue à mesa do consumidor em condições higiênicas e legais. Esse conhecimento dos regulamentos vai refletir diretamente na comercialização do produto e na melhoria das condições dos pescadores e comerciantes que sobrevivem diretamente da venda do pescado”, disse Benjamin.

A expectativa é que a pesca seja regulamentada e os trabalhadores se tornem fornecedores diretos de mercados e peixarias, evitando o papel do intermediador. Para o presidente da Colônia Z-1, do Rio Vermelho, Marcos Santos Souza, é necessário discutir a regulamentação no comércio do pescado, “que é feito de forma desordenada”. Ele explicou, entretanto, que ao longo desses anos muita coisa tem evoluído. “Antes, os pescadores não eram considerados profissionais. Hoje, já somos, mas muitos ainda vivem na informalidade. E essa discussão feita pelo governo é importante, porque mostra a preocupação em formalizar esses profissionais, principalmente os que praticam a pesca artesanal. Conhecer a regulamentação é necessário para os pescadores”, destacou Santos Souza.

Também serão discutidos no seminário programas e propostas de incentivo à comercialização de pescado na Bahia. No final do evento, será assinado um termo de compromisso para a continuidade do que foi discutido no encontro.

Ações no estado

O superintendente federal da Pesca e Aquicultura na Bahia, Onildo Lustosa, declarou que o governo federal, em parceria com o governo estadual, tem realizado diversas ações no setor, como a construção do primeiro terminal pesqueiro do estado, em Ilhéus. Além dele, serão construídos outros dois, em Salvador e no extremo sul.

Os pescadores também contam com a disponibilização de crédito para construção, aquisição e modernização de embarcações. Quatro barcos para pesca oceânica já foram contratados com recursos do Banco do Nordeste, o que permitirá aos pescadores baianos a exploração em regiões mais afastadas do litoral.

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