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Avicultores brasileiros querem fim de medida protecionista da Europa

UE exige que preparações de frango feitas a partir de carne congelada sejam vendidas congeladas


Exportadores brasileiros de carne de frango vão se reunir nos próximos 15 dias para decidir sobre o envio ao Itamaraty de pedido de abertura de um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC). O motivo são medidas protecionistas adotadas pela União Europeia (UE) depois da crise financeira, que devem ter impacto nas vendas do país.

A UE exige que preparações de frango feitas a partir de carne congelada sejam vendidas congeladas, para não dar ao consumidor a falsa impressão de estar adquirindo um produto fresco. O problema para as indústrias brasileiras é que a medida gera reserva de mercado para os produtores europeus, já que o frango importado do Brasil vai à Europa congelado e o produto local é vendido fresco. Como a lei sanitária europeia impede que a carne seja descongelada e novamente congelada, o frango brasileiro fica impossibilitado de servir de base para preparações, como uma ave temperada, por exemplo.

O diretor de mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo Santin, informou ao jornal Correio do Povo que espera uma flexibilização. Para ele, a solução poderia ser o uso de etiqueta no produto com a informação ao consumidor. O diretor lembra que um contencioso de 2005 deu vitória ao Brasil e forçou a UE a alterar seu sistema de cotas de importação.

Atualmente, o Brasil conta com tarifas reduzidas para a quantidade de frango entregue dentro da cota (340 mil toneladas ao ano). O que está fora dela é sobretaxado. A proposta da Ubabef é de que a UE adote uma tarifa média.

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