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Avicultores pretendem regionalizar produção para evitar doenças

O assunto foi debatido durante o 6º Simpósio Brasil Sul de Avicultura, que termina hoje em Chapecó (SC)


A avicultura brasileira quer regionalizar a produção para aprimorar o controle sanitário e, no caso de um foco de doenças como influenza e newcastle, agilizar a erradicação e evitar o embargo das exportações de todo o país. O assunto foi debatido ontem no 6º Simpósio Brasil Sul de Avicultura, que acontece até sexta-feira em Chapecó.

O vice-presidente da União Brasileira de Avicultura, Ariel Mendes, disse que um foco numa região de grande produção, como Chapecó, seria uma catástrofe. Os animais teriam que ser sacrificados e as exportações seriam suspensas. Para se ter uma idéia do estrago, somente no ano passado o Brasil faturou US$ 2,6 bilhões com a exportação de frangos.

Por isso, as lideranças da avicultura encaminharam projeto de regionalização ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A proposta também está sendo discutida com os secretários estaduais da área. Mendes afirmou que é necessário instalar barreiras entre os estados, treinar os profissionais, credenciar laboratórios e criar um Fundo Nacional de Indenização. Por fim, buscar o credenciamento da Organização Internacional de Epizootias.

Proposta é restringir trânsito entre estados

A presidente do Núcleo Oeste dos Veterinários, Nelva Grando, disse que as agroindústrias já discutem ações da regionalização. Como a proposta é evitar o trânsito de frangos de corte vivos entre estados, alguns integrados poderão trocar de empresa. A passagem de pintinhos e ovos só será permitida com certificação de origem, medida que já deve ser adotada pelo RS em maio.

Nelva disse que a defesa sanitária em áreas menores, como o Oeste catarinense por exemplo, diminui os riscos e melhora a eficiência na erradicação de doenças. E o foco numa região não impediria outra de exportar.

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