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Avicultores suspendem paralisação em Nova Mutum


Leandro J. Nascimento

Após dois dias de protestos os avicultores de Nova Mutum decidiram suspender a paralisação deflagrada na última quinta-feira (16) e retomar o recebimento de matrizes e o envio de aves para o abate na empresa Brasil Foods, instalada no município. O movimento era uma cobrança por reajustes nos subsídios pagos, atualização de 30% sobre a planilha de custeio, entre outros pontos de uma pauta com pelo menos 20 itens. Em assembleia realizada na tarde deste sábado (18) os produtores confirmaram o retorno das operações já na segunda-feira (20).


De acordo com o presidente da Associção dos Avicultores de Nova Mutum, Valdemar Grando, a manifestação foi interrompida diante do compromisso assumido pela multinacional de, já na próxima semana, iniciar uma série de encontros para discutir individualmente cada tópico elencado pelos produtores. Pelo menos dois deles devem ser tratados em caráter prioritário: a atualização do valor para custear as despesas nas granjas, além da melhoria da chamada atratividade, que corresponde ao valor financeiro líquido obtido por criador ao término do mês.

"Já na próxima semana começamos a discutir a correção na nossa planilha de custeio. Voltamos a trabalhar, mas com a proposta que eles atendam dentro do prazo estipulado", afimou Grando em entrevista ao Agrodebate. Juntos, os avicultores associados representam cerca de 550 aviários e por engorda produzem aproximadamente de dez milhões de exemplares. Anualmente são seis engordas.

Em dois dias de paralisação, estima a associação, deixou-se de entregar à multinacional em torno de 200 mil aves para abate. "Se houver alguma divergência sobre alguns itens levaremos para a assembleia", contextualizou ainda.

A entidade que congrega os produtores estimou ainda que pelo menos 90% dos 98 criadores das cidades de Nova Mutum, São José do Rio Claro e Diamantino aderiram ao manifesto que, pela primeira vez, resultou na interrupção de entrega e recebimento das aves. Há cerca de sete anos produtores e a multinacional trabalham em parceria.


Pelo contrato firmado a empresa fornece as matrizes aos produtores integrados, a ração, medicamentos, além de prestar a assistência técnica. Por sua vez, o criador encarrega-se de cobrir os custos operacionais (mão de obra, energia, além de outros gastos para manter as granjas em atividade).

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