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BA: Produtores de soja superam adversidades climáticas com uso de aminoácidos

Manejo nutricional contribui para diminuir os efeitos dos estresses hídricos e térmicos


Foto: Marcel Oliveira

A instabilidade climática, com chuvas irregulares no volume e distribuição registradas até fevereiro deste ano, apresentaram novos desafios para os produtores de soja na região Nordeste do país. É neste cenário que o engenheiro agrônomo Nedi Mattione vem desenvolvendo o cultivo da soja no município de Barreiras (BA). Na busca por soluções capazes de diminuir os efeitos das adversidades na fazenda que atende, o profissional passou a usar tecnologias nutricionais à base de aminoácidos, que proporcionaram plantas mais fortes e resistentes nutricionalmente.

“Tivemos problemas de estabelecimento das plantas na lavoura, devido às condições climáticas, e de qualidade das sementes, além de nematoides e doenças. Usamos essas soluções há três anos em toda a área cultivada e pudemos perceber plantas mais fortes e com melhor porte. Além disso, maior absorção dos produtos associados nas pulverizações e melhoria na nutrição vegetal. Desde então, registramos as melhores produtividades da história da fazenda”, conta. Nos 16.308 hectares plantados, o engenheiro agrônomo espera produção média de 65 sacas/ha nesta safra.

Como explica o engenheiro agrônomo Guilherme Bavia, gerente técnico especializado em grãos da Alltech Crop Science, a gestão de nutrientes e aminoácidos é essencial para a melhoria do potencial produtivo da soja. Entre os principais benefícios, estão a reparação dos estresses térmico e hídrico, além da melhoria na absorção de nutrientes. “Os aminoácidos são essenciais para a formação da planta e dos grãos. Portanto, é importante que seja feita essa gestão, para que eles estejam disponíveis, auxiliando na absorção de outros nutrientes, como o cálcio, boro e magnésio. Quando eles não estão associados aos aminoácidos, a planta terá um gasto energético mais alto nesse processo”, ressalta.

O gasto de energia adicional, provocado por estes estresses naturais, afeta diretamente a produtividade, como afirma o especialista. “Ao invés da planta direcionar energia para seu crescimento e desenvolvimento, ela foca no reparo do estresse. Consequentemente, a cultura acaba tendo seu desenvolvimento saudável afetado. Por isso, é muito importante usarmos tecnologias que sejam reparadoras e aumentem a resistência natural das plantas a partir de uma boa nutrição, auxiliando o seu metabolismo. Dessa forma temos melhor enfolhamento e pegamento de flores, mais vagens por planta, contribuindo para o enchimento de grãos e vagens. Uma cultivar bem nutrida será bem menos suscetível a qualquer intempérie”, acrescenta.

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