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Baculovírus com inseticida de choque reduz danos em 70%

Manejo inovador tem demonstrado resposta rápida sobre a Spodoptera frugiperda


Foto: Nadia Borges

Um manejo inovador que associa baculovírus e inseticidas com ação de choque conseguiu reduzir em até 70% os danos foliares provocados pela lagarta Spodoptera frugiperda no milho. O resultado foi comprovado em estudo liderado pela companhia australo-americana AgBiTech junto a pesquisadores independentes.

“Vírus favorecem o controle e contribuem na preservação da produtividade, mesmo diante de populações de Spodoptera frugiperda cada vez mais resistentes a inseticidas químicos. Vale lembrar também que, nos dias de hoje, há poucas alternativas economicamente viáveis para o agricultor controlar essa praga”, ressalta Suélen Moreira, entomologista da Fundação Chapadão (MS).

O manejo consorciado de biológico com químicos está sendo amplamente pesquisado nas lavouras de milho e algodão na safra 2020/21. Suélen revela que em uma ‘área-testemunha’ de algodão, acompanhada pela Fundação Chapadão, a associação de baculovírus ao inseticida de choque metomil viabilizou produção da ordem de cinco toneladas da pluma por hectare.

Para o pesquisador da consultoria de Mato Grosso do Sul Desafios Agro, Germison Tomquelski, esse manejo inovador tem demonstrado resposta rápida sobre a Spodoptera frugiperda: “Observamos ainda um período de controle mais prolongado, entre sete dias e dez dias, em relação a outros métodos.”

Gerente de pesquisa e desenvolvimento da AgBiTech, o engenheiro agrônomo Marcelo Lima destaca que o método de controle da lagarta recomendado pela empresa eleva a eficácia agronômica e favorece a relação custo-benefício do produtor de milho e algodão. Conforme Lima, no algodão, por exemplo, o tratamento resultou na preservação do potencial produtivo da cultura, ao proteger, com eficiência, às estruturas reprodutivas das plantas.

Lima acrescenta que a Spodoptera frugiperda constitui hoje o principal desafio do produtor de milho e algodão para produzir mais e melhor. De acordo com o agrônomo, o produto que vem sendo empregado em associação aos inseticidas químicos de choque é o bioinseticida Cartugen. “Trata-se de um defensivo agrícola cem por cento biológico, que funciona como um agente ‘protetor’, ao assegurar a eficácia do manejo de resistência de pragas a ingredientes ativos químicos”, aponta ele.

Para o agrônomo da AgBiTech, Cartugen se converteu numa nova ferramenta estratégica do produtor para lagartas como a Spodoptera frugiperda. “Não há nos dias de hoje novas moléculas químicas disponíveis, nem mesmo no longo prazo, voltadas ao controle de lagartas, ao passo que aumentam, a cada safra, populações resistentes dessas pragas aos inseticidas tradicionais”, conclui Marcelo Lima.

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