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Bahia terá Conferência sobre Assistência Técnica e Extensão Rural

O encontro vai incentivar a construção de diretrizes, além de identificar prioridades e estratégias para os novos desafios


Com o tema “Ater para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária e o Desenvolvimento Sustentável da Bahia Rural”, a I Conferência Estadual sobre Assistência Técnica e Extensão Rural, realizada entre os dias 14 e 16 de março, irá discutir os avanços que contribuem para o aperfeiçoamento e a consolidação das políticas públicas estadual e federal. O encontro vai incentivar a construção de diretrizes, além de identificar prioridades e estratégias para os novos desafios. O secretário da agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, participarão da solenidade de abertura, às 16h, no Hotel Sol Bahia, em Patamares.


De acordo com o superintendente da Agricultura Familiar da Seagri, Wilson Dias, a Conferência consolida as ações do governo na reorganização dos serviços de assistência técnica e promove a reestruturação da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), com aquisição de equipamentos, computadores, veículos, além da contratação de 1,6 mil técnicos. “Precisamos qualificar e aprimorar esses serviços. Em 2003, o governo federal tinha disponível apenas R$ 13 milhões para aplicar em assistência técnica. Agora, está aplicando quase R$ 600 milhões. Nesse mesmo período, na Bahia, a média era de dois milhões. Atualmente, estamos aplicando quase R$ 40 milhões por ano, só com recursos do estado”, declarou.

A Bahia foi o primeiro estado do Brasil a criar uma lei de assistência técnica (Lei 12.372/11) nos moldes da Lei Federal 12.188/10. A realização da Conferência simboliza a aprovação da lei estadual, em dezembro de 2011, que institui a Política Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar (Peater), e contará com a presença de 300 delegados eleitos nas 26 conferências territoriais, realizadas durante o mês de fevereiro, em que houve a participação de 2,1 mil pessoas.

Lei 12.372

Elaborada pelo governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura e da Casa Civil, a inspiração veio da Lei Federal 12.188/11, que instituiu a política nacional Pnater, aprovada pelo Congresso Nacional no fim de 2009, a partir da proposição da Secretaria Nacional de Agricultura Familiar, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

De acordo com o superintendente, o pioneirismo do Estado na implantação da Lei de Ater irá apontar as diretrizes e parâmetros que vão qualificar o serviço para o futuro. Para ele, os aspectos positivos da Lei são a perspectiva da universalização do atendimento, buscando o ordenamento e a integração das diversas iniciativas em curso; a qualificação dos serviços prestados no que diz respeito a uma relação de atendimento mais estável, entre os técnicos prestadores de serviços, os agricultores e suas organizações e de longo prazo com segurança de financiamento, de forma permanente e sustentável para as instituições.


Wilson Dias destacou ainda que a Lei será importante do ponto de vista da articulação das políticas públicas complementares, como a do Crédito Rural do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e os programas Garantia Safra (PGS), Crédito Fundiário (PNCF), Aquisição de Alimentos (PAA), Alimentação Escolar (Pnae), além dos programas estaduais, como o de distribuição de sementes e mudas (Semeando), melhoramento genético dos rebanhos (Sertão Produtivo), dentre outros.

“Os reflexos na aplicação da Lei serão, assim, sentidos no curto e médio prazo na Bahia, com mais agricultores familiares sendo atendidos de forma mais qualificada e permanente, implicando em melhor manejo dos sistemas produtivos em todos os elos das cadeias produtivas, com mais emprego, renda e sustentabilidade ambiental”, destaca Dias.

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