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Baixa dos fertilizantes aponta novo horizonte

“Cabe destacar que na última grande crise no mercado global de adubos"


Foto: Canva

O segmento de fertilizantes está vislumbrando um período de baixa nos preços no curto prazo, levando em consideração as cotações internacionais e isso ocorre depois da forte valorização de preços nos últimos dois anos, sobretudo desde 2021. Nesse contexto, a redução das compras dos produtores mundo afora vem perdendo força desde abril, motivada pelo movimento de alta que afetou os três principais grupos de nutrientes básicos para as fórmulas de fertilizantes - nitrogenados, fosfatados e potássicos (NPK).

De acordo com a consultoria StoneX, o nitrogenado mais popular entre os agricultores brasileiros, a ureia, caiu 35% de lá para cá, sendo que a tonelada do produto chegou a US$ 1 mil no início de abril, um recorde histórico. O MAP (fosfatado) recuou 20% entre abril e o início deste mês, para US$ 1.078 por tonelada, e o potássio, nutriente do grupo com a oferta mais restrita, cedeu 3%, para US$ 1,1 mil a tonelada.

“Cabe destacar que na última grande crise no mercado global de adubos, em 2008 [período de altas históricas], os EUA cortaram o uso de fósforo em 30% e o de potássio em 40%”, lembra Carlos Cogo, consultor da Cogo Inteligência em Agronegócio. A consultoria diz que o fator fundamental para a queda dos preços internacionais é a redução das compras em grandes países produtores de grãos, como Brasil e Estados Unidos.

Além disso, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia acabou causando um risco de abastecimento. “Por causa desse risco, nossos clientes saíram às compras [após o início da guerra] mesmo com os altos preços”, disse Marcelo Mello, diretor de fertilizantes da StoneX.

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