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Baixas temperaturas afetam plantações de café, mas aquecem as vendas

Segundo ABIC, o consumo da bebida registra aumento médio de 30% na temporada mais fria do ano e a maior razão é para suprir a falta de calor no corpo


Foto: Pixabay

Enquanto os cafeicultores estão preocupados com os prejuizos decorrentes das baixas temperaturas, por outro lado o mercado comemora as vendas aquecidas de café pelo mesmo motivo: o frio. 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), o consumo da bebida registra aumento médio de 30% na temporada mais fria do ano e a maior razão é para suprir a falta de calor no corpo. De olho nesta janela de oportunidades e à gradativa abertura dos estabelecimentos comerciais durante a pandemia, a Bonblend – fundada em 2010 na cidade de Joinville, pelo casal Valéria e Claudimar Zomer – reforçou as negociações com produtores de cafés de todo Brasil, intensificou o trabalho de vendas e conseguiu mostrar aos lojistas e consumidores as diferenças de um café de mais qualidade, com preço justo.

“Essas ações agradaram nossos clientes que preferem degustar um café com aroma e sabor diferenciados e que cabe no orçamento”, explica Gallinea. Segundo o executivo, a empresa já obtém crescimento de 15,4% em relação ao mesmo período de 2020.

De acordo com as informações da assessoria de imprensa. a estratégia da marca catarinense veio justamente num período em que a estimativa da safra de cafés no Brasil em 2021 sofre uma redução de 22,6% em comparação a 2020.

De acordo com o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), a menor produção acontece em decorrência da bienalidade negativa; fenômeno que alterna uma safra maior com outra menor, no ano seguinte, além da episódios de estiagem e do frio nas principais regiões produtoras do país.

Grãos especiais caem no gosto e cabem no bolso 

Segundo a ABIC, o café é a segunda bebida mais consumida no mundo e perde somente para a água. Estima-se que mais de 2 bilhões de xícaras são servidas diariamente nos seis continentes. Por aqui, 9 entre 10 brasileiros acima de 15 anos apreciam o cafezinho todos os dias.

O volume de sacas de grãos especiais deverá chegar a 1,8 milhão em 2023 no Brasil, de acordo com projeções do banco holandês Rabobank - que fez um estudo sobre o consumo do grão e a produção aqui no país.

Outra pesquisa da consultoria internacional Euromoney mostrou que o café premium tem ganhado espaço no Brasil e cresce média de 15% ao ano, enquanto o grão tradicional expande em torno de 3,5% ao ano.

“Quem degusta um café premium ou gourmet - de melhor qualidade, feito com grãos puros, 100% arábica, sem nenhuma impureza - fica apaixonado pela experiência e cria um novo hábito. É isso que desejamos: inserir na cultura diária do consumidor um café de mais qualidade e preço justo ao maior número de pessoas”, complementa o executivo Carlo Costa Gallinea.

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