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Batata e feijão aliviam inflação em dezembro

Matérias-primas e produtos agropecuários fizeram IGP-DI crescer menos que em novembro


Matérias-primas e produtos agropecuários fizeram IGP-DI crescer menos que em novembro
A inflação desacelerou em dezembro, como resultado da queda de preços em produtos agropecuários e nas matérias-primas usadas pelos produtores. O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) passou de 1,58%, em novembro, para 0,38% no mês passado. A batata e o feijão foram os maiores responsáveis pela queda.

A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou nesta quinta-feira (6) que os dois produtos foram os que mais variaram de preço, depois das altas registradas durante todo o ano. O custo da batata-inglesa ao produtos, por exemplo, passou de um aumento de 9,63%, em novembro, para -0,20%. Ao consumidor, os valores passaram de um aumento de 11,27% para queda de 13,80%.

O custo do feijão já tinha registrado deflação (queda de preço) em novembro, quando os preços ao produtor variaram -16,93%. No mês passado, a queda foi de 22,01%. A queda passou de 3,98% para 16,15%.

Os preços foram calculados com base nos preços coletados entre os dias 1º e 31 de dezembro. O IGP-DI já foi utilizado para reajustar tarifas como a de telefone, mas hoje cumpre o papel de definir as dívidas dos Estados com a União.

Entre as categorias de preços pesquisadas, os preços ao produtor passaram de 1,98%, em novembro, para 0,21% no IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). A desaceleração se deveu, principalmente, às quedas dos preços dos alimentos processados, cujos preços foram de 4,67% para -0,47%.

Os bens intermediários, que levam em conta os preços dos itens usados pela indústria e pelo agronegócio para produzirem, como combustíveis e óleo para máquinas, por exemplo, foram de 1,10% para 0,53%. As matérias-primas brutas foram de 4,27%, em novembro, para 0,74%.

...A categoria que considera os preços aos consumidores mostrou variação menos de preços em dezembro em relação a novembro. A inflação foi de 0,72%, abaixo da apurada no mês anterior, de 1%. Quatro dos sete grupos de gastos do consumidor desaceleraram, com destaque para alimentação (que passou de 2,27% para 1,43%). Neste grupo, vale mencionar os preços menores de carnes bovinas, frutas e arroz e feijão.

Também registraram decréscimos em suas taxas de variações os grupos vestuário (1,01% para 0,8%), habitação (0,43% para 0,29%) e transportes (0,69% para 0,59%). Nestas classes de despesa, os destaques foram: calçados, condomínio residencial e tarifa de ônibus urbano, respectivamente.

Aumentaram os preços das despesas diversas (0,31% para 0,51%), saúde e cuidados pessoais (0,39% para 0,53%) e educação, leitura e recreação (0,34% para 0,37%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos preços da cerveja, dos artigos de higiene e cuidado pessoal e da passagem aérea, respectivamente.

A construção civil também é considerada na conta do IGP-DI. Os preços desta categoria ficaram maiores de novembro a dezembro, passando de 0,37% para 0,67%. Subiram os preços dos materiais e equipamentos e dos serviços, enquanto a mão de obra ficou mais barata.

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