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Bayer fatura mais de € 1 bilhão no País

Um faturamento 30% maior em 2004 proporcionou à Bayer obter pela primeira vez vendas superiores a € 1 bilhão


Um faturamento 30% maior em 2004 em relação ao do ano anterior proporcionou à Bayer, subsidiária brasileira do Grupo Bayer, obter pela primeira vez vendas superiores a € 1 bilhão. Em 2004, ela registrou faturamento de R$ 3,9 bilhões, somando os resultados de suas divisões, ante os R$ 3 bilhões de 2003. O lucro líquido cresceu 120% e atingiu R$ 400 milhões. O Ebitda foi 55% maior, alcançando R$ 636 milhões. Com o desempenho, a subsidiária elevou a sua participação do décimo para o sétimo lugar no ranking de vendas por países, representando 3,6% do faturamento global da Bayer, de € 29,8 bilhões em 2004.

Armin Burmeister, presidente do grupo alemão no Brasil e responsável também pela divisão Bayer MaterialScience, disse que os números mostram que a empresa, que vem reestruturando suas operações em âmbito mundial e focando os negócios em áreas estratégicas, está no rumo certo. Porém, ele afirmou que o avanço resultou também da forte demanda pelos produtos da companhia. Neste ano, a Bayer investirá cerca de R$ 150 milhões no País; desses R$ 100 milhões para amortecer a compra da divisão de remédios isentos de prescrição da Roche, feita no ano passado. Os resultados de 2004 não incorporam este portfólio, agregado a partir deste ano.

A divisão Bayer CropScience deteve 68% do faturamento, com R$ 2,67 bilhões (€ 734 milhões), alta de 30% em relação a 2003 decorrente do crescimento de 28% do mercado brasileiro de defensivos agrícolas, estimado em US$ 4 bilhões no ano passado pelo presidente da Bayer CropScience Brasil, Marc Reichardt. Ele observou que a empresa lidera alguns segmentos desse mercado, como o de fungicidas, inseticidas e tratamento de sementes.

Conforme o executivo, as vendas de fungicidas foram as que tiveram maior impulso em 2004 (63%), representando € 299 milhões da receita da divisão. O faturamento com herbicidas e inseticidas cresceu 19% e 21% totalizando € 155 milhões e € 197 milhões, respectivamente. Os produtos para tratamentos de sementes venderam 33% mais em 2004, com receita de € 53 milhões. Outros € 30 milhões foram faturados com produtos para diversos segmentos dessa área.

As vendas da divisão Bayer MaterialScience - que produz matérias-primas para as indústrias automotivas, de eletroeletrônicos, calçados, construção civil e móveis, entre outras - cresceram 6% em 2004 e foram a R$ 527 milhões, 14% do faturamento total. Os negócios com poliuretano (PU) responderam por 66% dessa receita e a unidade de revestimentos, adesivos e selantes, por 18%. Nos produtos para poliuretanos, tintas, vernizes e policarbonatos, a empresa registrou crescimento de 18% no faturamento.

A segunda área mais importante do grupo em âmbito mundial, com € 8,5 bilhões de faturamento em 2004, a Bayer HealthCare (medicamentos, saúde animal e produtos diagnósticos e biológicos) teve vendas em torno de R$ 400 milhões no ano passado no País, valor 4% superior ao de 2003, o que representou 10% da receita doméstica. O presidente da Bayer HeathCare, Sérgio Oliveira, disse que o desempenho foi puxado, principalmente, pelo incremento de 50% nas vendas de medicamentos isentos de prescrição, de 16% no faturamento com remédios que precisam de receita médica para serem comercializados e de 7% em produtos diagnósticos, além do avanço nos negócios na área de animais de companhia.

No segmento de medicamentos livres de prescrição, a aspirina destacou-se com 54% de aumento nas vendas (R$ 33,2 milhões). Levitra, indicado para tratar a disfunção erétil e considerado o produto mais importante para a empresa na área de medicamentos com prescrição, cresceu 256% em unidades e 223% em valor (R$ 22 milhões). Neste ano, Oliveira estima que o produto alcançará R$ 36 milhões em faturamento, atrás apenas das vacinas, que somaram R$ 46 milhões em 2004.

O resultado contabilizou também a divisão de química básica e um terço dos negócios com polímeros que foram separados pela Bayer, em junho de 2004, com a criação da Lanxess. No ano passado, esses negócios representaram 8% do faturamento local, com R$ 327 milhões.

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