CI

Bayer quadriplica operações de barter em 2015

Medida 'dribla' crise econômica brasileira, que restringe o acesso ao crédito


A Bayer Cropscience projeta quatro vezes mais operações de barter este ano na comparação com 2014. De acordo com diretor de Planejamento de Negócios e Administração da multinacional alemã, Matias Correch, esse tipo de pagamento de insumos através da entrega do grão na pós-colheita (sem intermediação financeira) se popularizou em diversas regiões brasileiras, com preponderância para o Sul do Brasil.

“O mercado realmente tem crescido muito em relação ao ano passado. Se formos olhar o volume de negócios, até um tempo atrás estava três vezes maior. Agora, já estamos falando em quatro vezes. Já ultrapassamos seguramente o nosso recorde”, afirma Correch. O executivo estima que os negócios de barter representem ate 20% das operações nesta temporada.

Paulo Soares, gerente de barter da Bayer CropScience, explica que há vantagens “por se tratar de uma prestação de serviço”. “Não oneramos o preço em relação a outras modalidades de pagamento. Pelo contrário, para esta operação há vantagens reais, como o não-pagamento de corretagem e o financiamento dos custos operacionais. O cliente somente terá custos caso venha a cancelar a operação antes da liquidação”, explica ele.

Matias Correch projeta que as operações de barter vão crescer ainda mais nos próximos dois anos, em função da crise econômica brasileira, que restringe o acesso ao crédito para financiamento da safra. A Bayer Cropscience planeja, no mínimo, dobrar o volume de trocas de insumos por produtos em 2016.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.