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BB modifica regra para financiar safra de arroz

Os produtores que quiserem contratar financiamento para o custeio da próxima safra não precisarão dar hipotecas para garantir a nova operação


Os produtores de arroz que quiserem contratar financiamento para o custeio da próxima safra não precisarão dar hipotecas para garantir a nova operação. A exigência era regra para quem havia solicitado a prorrogação das parcelas do crédito rural de safras passadas. A decisão foi comunicada ao deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) pelo diretor de agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, nessa segunda-feira (01-10). A norma que foi encaminhada a todas as agências da instituição, determina ainda o fim da exigência do Proagro e do uso de sementes certificadas.

O entendimento faz parte de um acordo fechado na semana passada quando o Instituto Riograndese do Arroz – Irga, se comprometeu, em caso de sinistro, repassar as indenizações do seguro/granizo, via Banco do Brasil. Segundo Heinze, mais de 60% dos produtores de arroz são arrendatários, o que impedia a garantia de imóvel.

O diretor também comunicou ao parlamentar que determinou mudanças no cálculo de capacidade de pagamento dos arrozeiros. O banco estava utilizando como base R$ 20 por saca, a partir de agora será elevado para R$ 22. O incremento foi concedido após o deputado cobrar do Ministério da Agricultura o comprometimento daquela Pasta, em dar continuidade aos programas de incentivo à comercialização do arroz – AGF, EGF, Contratos de Opção, Pep e Prop. "Fechamos o acordo e no final da semana passada o ministro Reinhold Stephanes comunicou ao banco que manterá os programas de garantia de preço mínimo. Agora são 10% a mais", analisa Heinze.

O parlamentar se reúne nesta terça-feira (02-10) com a diretoria do Banco do Brasil, para solicitar que a análise para a liberação de recursos, tenha como base a safra 2004/05, ano não agravado pelo déficit hídrico. "No ano passado muitos financiaram bem abaixo de sua capacidade devido à falta de água. O banco precisa entender que agora, com água, o produtor vai cultivar uma área maior e precisa de mais recursos", afirma.

Heinze estuda ainda a possibilidade de convocar o presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, para prestar esclarecimentos a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados sobre o grande número de exigências impostas aos produtores e a demora na liberação dos custeios.

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