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BB pretende aplicar até R$ 2,42 bilhões em Mato Grosso

O montante previsto representa um incremento de 80% sobre a safra passada


A Superintendência Regional do Banco do Brasil em Mato Grosso anunciou na sexta-feira (08-12) que pretende aplicar, até o final da safra 2006/07, recursos da ordem de R$ 2,42 bilhões no Estado. O montante previsto representa um incremento de 79,26% sobre os valores aplicados na safra 2005/06, de R$ 1,35 bilhão. A período considerado como de nova safra começa em junho e se estende até o dia 30 de junho do próximo ano.

Para chegar à cifra de R$ 2,42 bilhões, o Banco do Brasil considerou como “aplicações” os valores referentes às prorrogações e refinanciamentos das dívidas, no montante de R$ 1,28 bilhão. As aplicações novas (custeio, investimentos, ACC, Finimp e CPR) vão totalizar R$ 1,14 bilhão, incluindo os recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Somando-se os dois valores, chega-se à cifra de R$ 2,42 bilhões.

“Na verdade, o Banco considera os valores prorrogados e financiados como aplicações porque este dinheiro deveria ser recebido pelo banco e retornar aos produtores em forma de aplicação. É uma dedução óbvia”, diz o gerente de Agronegócio da Superintendência do BB, Olímpio Vasconcelos.

Segundo ele, os valores prorrogados este ano pelo Banco do Brasil chegaram a R$ 804,52 milhões, beneficiando 16,53 mil contratos, todos referentes à safra 05/06. O prazo para a amortização das parcelas, bem como as condições de pagamento (juros), são as previstas nos contratos originais, de acordo com o acerto feito individualmente pelos produtores.

Já os refinanciamentos totalizam R$ 481,96 milhões (4,26 mil contratos), referentes às safras 04/05 e 05/06. A nova operação prevê o pagamento das dívidas em cinco parcelas anuais, com vencimento a partir de 2007 e juros da TJLP mais 5% ao ano.

Aplicações:

As aplicações em custeio, investimentos, ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio), Finimp (Fundo de Apoio às Importações) e CPR (Cédula do Produto Rural) este ano – julho a novembro – somam R$ 316,54 milhões, representando pouco mais de 41% do montante liberado em igual período do ano passado (R$ 761,60 milhões).

O atraso, segundo Olímpio Vasconcelos, “não é por culpa do Banco”, mas devido à renegociação, “que foi mais demorada do que em outros estados em função dos valores das dívidas e os problemas de garantia e capitalização do produtor”.

A expectativa do BB, entretanto, é de que as aplicações com recursos novos cheguem a R$ 1,14 bilhão até o final da safra 2006/07, contra R$ 1,35 bilhão da safra anterior. Até agora foram liberados recursos para as cinco áreas de aplicação no crédito agrícola: custeio (R$ 185,14 milhões), investimento (R$ 77,65 milhões), ACC (R$ 13,94 milhões), Finimp (R$ 20 milhões) e CPR (R$ 19,81 milhões).

No ano passado, nesta mesma época do ano, o Banco do Brasil já havia liberado R$ 474,12 milhões para custeio, R$ 126,84 milhões para investimentos, R$ 49,85 milhões para ACC, R$ 15,63 milhões para Finimp e R$ 95,16 milhões para CPR. Vasconcelos estima que em custeio deverão ser aplicados, na safra 06/07, R$ 400 milhões, seguido de investimentos e CPR, cada uma das modalidades com R$ 250 milhões. O BB aguarda ainda recursos adicionais de R$ 150 milhões do FAT.

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