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Bélgica suspende exportações de aves e ovos


Embora ainda esteja aguardando a confirmação de que o novo problema sanitário enfrentado pela avicultura do país tem como causa, realmente, o vírus da Influenza Aviária, o governo da Bélgica decidiu, ontem (16-04), suspender as exportações de aves vivas e de ovos.

A suspeita de foco de Influenza Aviária foi descoberto na terça-feira em uma granja situada na província de Limburg. As autoridades belgas acreditam que o vírus chegou ao país vindo da Holanda e já determinaram o sacrifício sanitário de cerca de 250 mil aves. Elas pertencem a granjas situadas num raio de três quilômetros em torno da granja localizada na cidade de Meeuwen-Gruitrode, onde está localizado o foco suspeito.

Ratificando a iniciativa do governo belga, a Comissão Européia expediu comunicado a todos os países-membros da UE, determinando que a suspensão das exportações avícolas da Bélgica seja mantida até 25 de abril – uma decisão que poderá ser suspensa ou prorrogada dois dias antes, quando se reúne o Comitê Permanente de Segurança Alimentar e Sanidade Animal da UE. Na ocasião, já estará disponível o diagnóstico definitivo confirmando ou descartando a ocorrência de surto de Influenza Aviária.

Enquanto esse diagnóstico não sai, as autoridades sanitárias belgas se mantêm em estado de vigilância absoluta e alertam os avicultores para que comuniquem imediatamente aos serviços oficiais qualquer morte suspeita das aves em criação. Também chamam a atenção para a necessidade de se controlar o trânsito de pessoas nas granjas e demais estabelecimentos avícolas, ressaltando que “na Holanda, a doença se disseminou através do contato entre pessoas”.

Temendo que o ocorrido com a Bélgica também alcance sua avicultura, a Alemanha (o outro país que faz fronteira com a Holanda) já adotou algumas providências. Passou a exercer maior controle sanitário no trânsito interno de aves, ovos e produtos avícolas e já determinou a depopulação de diversas granjas situadas nas proximidades das fronteiras com a Holanda. Quer, com isso, estabelecer um cinturão que resguarde sua avicultura do vírus da Influenza.

Por seu turno, a Holanda continua batalhando na tentativa de controlar a disseminação do vírus. Com esse fim, já abateu cerca de 15 milhões de aves. Mas, parece, ainda não obteve sucesso, pois novos casos continuam sendo relatados.

Estimativas locais calculam que a Influenza Aviária está custando cerca de dois milhões de euros (US$2,2 milhões) diários para a avicultura holandesa, a maior exportadora da Europa e líder mundial na exportação de ovos.

No início deste mês, a Comissão Européia prorrogou a proibição de exportações pela Holanda até 25 de abril. A exemplo do caso belga, essa medida poderá ser suspensa ou novamente prorrogada na próxima terça-feira, 23 de abril, quando se reúnem os veterinários da Comissão Permanente.

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