CI

Beneficiadores de arroz querem mais recursos através dos EGF


Setor aponta disparidade na liberação de recursos para empresas de MT e RS, pelo Banco do Brasil.

Representantes do Sindicato das Indústrias Alimentícias no Estado de Mato Grosso, estiveram reunidos com o governador Blairo Maggi para pedir apoio da esfera estadual, junto ao governo federal para que Mato Grosso seja contemplado com mais recursos dos Empréstimos do Governo Federal (EGF).

A principal queixa do setor, durante a reunião de ontem, foi a disparidade na liberação de recursos para as indústrias beneficiadoras de arroz de Mato Grosso, que segundo seus representantes, está em desvantagem se comparada ao montante destinado ao Rio Grande do Sul, por exemplo, pelo Banco do Brasil (BB).

“Em produção do cereal perdemos apenas para o Rio Grande do Sul e somos o segundo produtor nacional de arroz. As 152 indústrias instaladas em Mato Grosso geram cerca seis mil empregos diretos. Com o incremento dos recursos do EGF toda a cadeia produtiva é beneficiada, desde o produtor até o consumidor, que poderá contar com preços mais estáveis, mesmo durante a entressafra”, explica o presidente do Sindicato, Marco Antônio Lorga.

Com mais acesso ao empréstimo – EGF Indústria -, as industrias adquirem maior fluxo de caixa e podem durante a safra, comprar mais cereal do que a própria capacidade de beneficiamento, ou seja, há estoques que serão consumidos periodicamente durante o ano.

“Há o abastecimento e a eliminação de oscilações de preço no mercado. Para o produtor há uma remuneração extra com o aumento de procura. A falta deste recurso vem desestimulando a cultura no Estado, e o governador entende que é preciso corrigir esta diferença de volume de recursos”, argumenta Lorga.

NO CAMPO – Os produtores enxergam que O EGF Indústria, bem dosada, contribuiu para a capitalização dos produtores e fomento das indústrias, mas fazem uma ressalva: “O volume demasiado de recursos para o EGF poderá manter a níveis baixos o preço do arroz, afinal, é a demanda e a oferta que regulam o mercado.

Como o preço mínimo do governo federal é de R$ 14,50 a saca, e no momento o mercado paga pela mesma saca cerca de R$ 24 a R$ 26, não é estimulante para o produtor”, aponta o presidente da Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso (APA), Ângelo Maronezzi.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.