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Bezerro: Cotação vai se manter em alta nos próximos anos


A valorização do bezerro, que vem apresentando alta deste o início de 2007, está longe de acabar. De acordo com análise do presidente do Fundo de Apoio à Bovinocultura (Fabov) e diretor financeiro do Sindicato Rural de Cuiabá, Júlio Rocha, este ciclo positivo deve alcançar seu ápice em 09/10. Para ele, o constante aumento de preço do animal é motivado pela virada do ciclo que começou com a menor oferta de animais ocorrida no ano passado e deve continuar pelos próximos anos.

“É importante ressaltar que o bezerro de hoje é o boi gordo de 2010/1011, e a produção de carne deve continuar aumentando, uma vez que o consumo é crescente em todas as partes do mundo, e o Brasil é o grande fornecedor desta proteína animal”, frisa.

Ele cita previsão do professor Cláudio Haddad, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), apontando que os preços do bezerro, nos próximos cinco anos, podem chegar a R$ 1,5 mil devido à não abertura de novas áreas, à redução do rebanho de matrizes e a inversão da atividade pecuária pela agricultura, que implicará em diminuição da pastagem e, consequentemente, aumento dos custos de produção para o pecuarista.

Na avaliação de Júlio Rocha, a taxa de desfrute (relação de venda com o total do rebanho) em Mato Grosso tem que subir para 30%. “Atualmente, esta taxa oscila entre 20% e 22%, e precisa aumentar por causa da área e maior utilização de tecnologia e redução da idade de abate dos animais”.

Para o pecuarista Jorge Pires de Miranda, a valorização do bezerro era necessária para dar sustentação de preço ao invernista face aos altos custos de produção. “O que está havendo, na verdade, é apenas um ajuste nos preços para o criador. Os preços estão se adequando e chegando onde deveriam estar já há algum tempo”.

Segundo o pecuarista Walderbrad Coelho, nos últimos anos houve um “achatamento nos preços do bezerro” devido ao aumento nos custos dos insumos agropecuários e ao excesso de oferta. “Agora os preços do bezerro estão se recuperando. A tendência é de que os preços se estabilizem nestes patamares nos próximos anos”.

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