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Bicudo mobiliza técnicos da região Sul do Mato Grosso

A Ampa incentiva a criação de associações de técnicos para ampliar resultados


A Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa) incentiva a criação de associações de técnicos agrícolas, na tentativa de ampliar resultados no combate ao bicudo. Estes técnicos têm a função de alertar os produtores para a necessidade de destruição da soqueira do algodão e vão trabalhar juntamente com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) para atingir tal objetivo.

A Associação Técnica de Combate ao Bicudo da Serra da Petrovina é a pioneira no Estado no combate à praga. Com reuniões uma vez por mês, o grupo troca informações sobre os procedimentos empregados no controle do inseto, bem como atividades de interesse comum. Já foram treinados 150 técnicos que estão aptos a monitorar lavouras e a ação da praga. Os resultados da iniciativa só poderão ser medidos após a colheita deste ano.

Considerada como a maior praga do algodoeiro, o bicudo desde o início deste ano mobiliza técnicos agrícolas para o combate, devido ao número crescente de ocorrências do inseto na Região Sul. Até o fim desta safra, em algumas lavouras, o número de aplicações de inseticidas pode chegar a 14. A produtividade não será afetada, mas o custo do controle vai encarecer o processo de produção. Em alguns casos, o prejuízo pode chegar a R$ 336 por hectare afetado.

O consultor técnico da Ampa, Wilhelmus Uitdewilligen, ressalta que os números podem aumentar se forem levados em conta os custos com monitoramento e destruição de plantas de algodão em área pública. Sem descartar casos de infestação de toda a lavoura, o que significa perda total da área plantada, situação que está ocorrendo no Nordeste brasileiro.

Um dos fatores que colaborou para a maior infestação nesta safra foi a não destruição da soqueira do algodão na safra 2005/2006. Depois de retirada a pluma e o caroço, resta na terra o pé de algodão, que mesmo após a colheita continua hospedando o bicudo. O produtor que não retirar a soqueira, seja por meios mecânicos ou químicos, está sujeito a penalidades previstas em lei, que são aplicadas pelo Indea.

Na última safra as multas foram aplicadas com base na Lei 7.139 e o valor variou de R$ 100 a R$ 3 mil. A partir deste ano, a penalidade aplicada seguirá a Lei 8.589, que sujeita o infrator a pagar uma multa de 30 Unidades Padrão Fiscal (UPF), com adição de 2 UPF por hectare com soqueira. Cada UPF vale R$ 26,99.

A mudança ocorreu na tentativa de que pelo valor da penalidade o produtor cumpra seu dever legal, já que o valor previsto na nova lei é maior que o anterior.

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