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Bioativo natural ganha espaço nos olivais

Tecnologia atua na redução do estresse abiótico e no aumento do tamanho e peso dos frutos


Foto: Pixabay

O Brasil conta com olivais ainda muito novos. Conforme o Instituto Brasileiro de Olivicultura, a área plantada com oliveiras no país gira em torno de 7,5 mil hectares, mas até 2025 deve chegar a 20.000 ha plantados. Já a safra de azeite extravirgem de 2020 ficou em torno de 202 mil litros no país, sendo aproximadamente 180 mil litros no RS.

Junto ao crescimento do cultivo que não para de aumentar, cresce a necessidade é a demanda por novas tecnologias de um setor que surgiu há pouco mais de 18 anos. Apesar de aptidão de muitas regiões para o plantio as oliveiras, sobretudo no RS, MG, e SP, as dificuldades climáticas enfrentadas pelos produtores ainda são enormes.

Por isso, uma tecnologia desenvolvida na Irlanda vem sendo muito utilizada em diversos países, inclusive no Brasil, para atuar na neutralização dos processos oxidativos de plantas como oliveiras, parreirais de uvas e outras frutíferas.

Para enfrentar condições climáticas adversas, como calor intenso, estiagem ou baixas temperaturas que levam as plantas ao estresse oxidativo - ou abiótico, produtores resolveram apostar no SuperFifty, um bioativo natural desenvolvido pela empresa irlandesa BioAtlantis.

Na Europa, mais precisamente em países como Espanha e Portugal, SuperFifty vem sendo utilizado com sucesso para evitar danos por estresse climático e auxiliar a oliveira em seu desenvolvimento e recuperação após as colheitas, como explica Javier Espada, consultor técnico comercial da BioAtlantis nos dois países. “Na Espanha, o uso de SuperFifty em olivais está apresentando resultados qualitativos. Enfrentamos um problema de falta de água, que creio ser mundial, e os olivais estão suportando relativamente bem. Nesse sentido, o uso do bioativo durante todo o período reprodutivo, pelo que temos observado, está resultando em um aumento no tamanho e peso dos frutos”, destaca Javier.

Já em Portugal, o uso do bioativo também ganha espaço no período de brotação e pós-colheita da azeitona, para ajudar estimular a planta, pois a colheita mecânica pode causar feridas na árvore, resultando em estresse. “Nesse caso, o produto estimula a árvore a criar reservas de nutrientes para o próximo ano, como carboidratos e energia”, acrescenta Javier.

No Brasil, a tecnologia ganhou espaço nos olivais do Rio Grande do Sul, maior produtor do fruto no país. No município gaúcho de Pinheiro Machado, os resultados que vêvm sendo registrados, com a aplicação do bioativo nos olivais do Rancho Pampa Verde Agropecuária, vem surpreendendo. O engenheiro agrônomo e responsável pela implantação dos pomares na propriedade, Alander Silva Vargas, conta que foram feitas duas aplicações em 2021, nos períodos vegetativo e reprodutivo, associadas à calda de outros produtos fungicidas, após ataque de lagartas. “Nas plantas do ciclo 2019, onde eu queria dar mais estímulo na brotação e onde tinha um foco de lagarta, fiz aplicações de SuperFifty em março e final de abril. A resposta das plantas foi boa, pois muitas tinham perdido uma grande a área foliar e ainda assim consegui uma brotação boa”, explica Alander.

SuperFifty tem validação científica internacional na atuação em estresse abiótico, mas começa a ser descoberto, também, por quem enfrenta problemas de deriva do herbicida sintético 2,4-D aplicado em lavouras vizinhas aos olivais. Além das oliveiras, SuperFifty vem sendo utilizado também na produção de uvas da Região do Vale dos Vinhedos, Campanha e da Serra do Sudeste. "Oferecemos uma solução para ajudar a diminuir os danos nas plantas. Temos depoimentos de outros olivicultores, que também viram benefícios na recuperação de estresse de herbicida, inclusive pelo 2,4-D. Nosso produto é diferenciado no mercado porque é produzido a partir de extratos totalmente naturais, sem impactos negativos nas lavouras e no meio ambiente, possuindo selo para a agricultura orgânica. É um produto livre de resíduos, resíduo zero para o aplicador, para a planta e para a natureza", explica Francisco Bino, representante técnico de vendas para a Região Sul da BioAtlantis, empresa de biotecnologia que produz Super Fifty e está no mercado desde 2007.

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