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Biodiesel é forte aliado contra mudanças climáticas

No dia 5 de junho, foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e o planeta tem pela frente um grande desafio: minimizar os impactos sobre o clima e evitar o aquecimento global.


No último domingo, 5 de junho, foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e o planeta tem pela frente um grande desafio: minimizar os impactos humanos sobre o clima e evitar o aquecimento global.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima em 12,6 milhões as mortes causadas a cada ano relacionadas a questões ambientais, enfatizando a importância de um ambiente saudável para uma população saudável.

Entre as medidas que devem ser adotadas está a substituição do uso de combustíveis fósseis por fontes renováveis na matriz energética.

No Brasil, o setor de transportes é uma peça chave nessa transição, pois representa cerca de 14% do total de emissões.

A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) calcula que, entre 2005 e março de 2016, o País consumiu 22 bilhões de litros de biodiesel, o que representa 22 bilhões de litros de diesel que deixaram de ser queimados, ou 41 milhões de toneladas de CO2 evitadas. “É como se o Brasil tivesse plantado 300 milhões de árvores, isto é, uma área do tamanho de Sergipe coberta de árvores”, explica o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski.

Fabricado a partir de óleos vegetais, resíduos pecuários e até óleo de fritura usado, este combustível renovável reduz a emissão dos principais causadores da poluição atmosférica: CO (monóxido de carbono), HC (hidrocarbonetos), MP (material particulado), SOx (óxidos de enxofre) e CO2 (dióxido de carbono).

O biodiesel passou a fazer parte da matriz energética brasileira, oficialmente, em 2005, com o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). De lá para cá, a adição do biocombustível ao diesel fóssil avançou de 2% facultativo para 7% obrigatório em todo o território nacional, o chamado B7.

Tamanhos são os benefícios associados à produção e uso deste combustível renovável, que o governo autorizou, em março deste ano, a evolução da mistura obrigatória para 8% até março de 2017, chegando a 10% até 2019.

Também é facultada aos grandes consumidores de diesel a utilização deste combustível renovável em misturas que podem chegar a 20% e 30%.

O aumento do uso do biodiesel integra as metas brasileiras para ampliar a participação de fontes renováveis na matriz energética, apresentadas na Conferência do Clima (COP 21), em Paris no ano passado [Veja aqui].

A Ubrabio elaborou uma curva de aumento da mistura que mostra como o biodiesel pode ser um aliado no cumprimento das metas de redução de emissões das emissões com base em 2005 reduzindo 37% e 43% das emissões respectivamente em 2025 e 2030.

Segundo os cálculos, com o aumento de mistura para 20% em 2025, chegando a B30 em 2030, no setor de transportes, somente o biodiesel poderia contribuir com a redução de 50% das emissões em 2025 e 80% das emissões em 2030. Além disso, a progressão tornaria o Brasil livre das importações de diesel fóssil.

“Substituir os combustíveis fósseis é uma ação urgente e de saúde pública e o biodiesel é a alternativa mais viável para tornar o transporte mais sustentável, já que, adicionado ao diesel fóssil, reduz significativamente as emissões, e não exige alterações nos motores”, explica Tokarski.

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