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Bioestimulação ganha destaque em diferentes estratégias

A questão é quando a aplicação de um bioestimulante foliar na soja é mais estratégica


Foto: Pixabay

O uso de bioestimulantes está aumentando nas estratégias atuais de manejo agrícola, de acordo com um artigo publicado no portal argentino La Nación. Em termos funcionais, eles são substâncias de origem natural que, quando aplicadas em pequenas doses, melhoram o crescimento e o desenvolvimento das plantas, ou seja, promovem processos intermediários que levam a benefícios finais positivos, como aumento do rendimento ou da qualidade do grão. 

Do ponto de vista bioquímico, um bioestimulante é um composto químico que a planta identifica como seu por meio de receptores. Dentro de cada célula, o sinal gerado pelo bioestimulante é percebido por um receptor e produz uma resposta, que se manifesta na alteração do padrão de crescimento ou desenvolvimento da cultura. 

As formulações utilizadas no tratamento de sementes são aquelas indicadas para acompanhar a cultura durante seu estabelecimento, principalmente em solos frios e úmidos, com baixa disponibilidade de nutrientes ou com resíduos de agrotóxicos. Existem alternativas que permitem a bioestimulação da cultura por via foliar, por exemplo, em aplicações de resgate por escape de ervas daninhas juntamente com herbicidas. 

Gustavo Ferraris - pesquisador do INTA - também testou o desempenho da tecnologia bioestimulante foliar em soja premium durante a campanha 19/20 em Pergamino. A produtividade atingiu a média de 4.819,4 kg por hectare, um nível muito bom se considerado o balanço hídrico ajustado da campanha.  Em relação à contribuição da bioestimulação, os tratamentos aumentaram o rendimento devido à melhora no número, tamanho e fração dos nódulos funcionais, somados a efeitos favoráveis na biomassa inicial, altura, NDVI, interceptação, vigor, entre outros. 

Por fim, a questão é quando a aplicação de um bioestimulante foliar na soja é mais estratégica. Para a zona central da Argentina, 70% da absorção de nutrientes concentra-se de 35 a 75 dias após a emergência, que, fenologicamente, está localizada entre V4 e R2, uma planta jovem, em pleno crescimento e com o componente de desempenho a ser definiram. Na prática, essa janela coincide com as aplicações de diferentes produtos fitossanitários que podem ser potencializados com tecnologias bioestimulantes foliares. 

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