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Biológicos podem aumentar feijão em 7 sacas/ha

Produtos combatem pragas e doenças e não deixam resíduo nos alimentos


Foto: Divulgação

O manejo com produtos naturais no feijão pode trazer bons resultados. A cultura que geralmente é produzida no sistema de rotação com outras culturas, sofre ataque de vários patógenos durante seu ciclo, como nematoides, doenças e pragas. Uma das ferramentas disponíveis aos agricultores são os produtos biológicos e naturais, que têm comprovada eficiência sem deixar resíduos nos alimentos.

De acordo com Éderson Santos, biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, com o emprego dos biológicos no manejo integrado de pragas e doenças, é possível mitigar as perdas, reduzindo e até permitindo a substituição de 100% do controle químico. 

O ideal para o manejo biológico é o agricultor planejar desde o início do plantio até o pós-colheita. “As pessoas que adotam os biológicos têm sucesso muito maior, com longevidade, sustentabilidade e rentabilidade. Muitos produtores de feijão que estão utilizando nossas soluções de controle biológico, além de proteger as lavouras também obtiveram elevados ganhos de produtividade, e por isso não abrem mão do uso de nossas tecnologias, diz.

De acordo com o especialista aqueles que cultivam feijão com correto manejo dos biológicos nas lavouras têm um incremento médio de 7 sacas por hectare.  Se utilizarmos como exemplo, um agricultor que cultiva o grão em 300 hectares, tendo como base o preço médio de R$262 a saca de 60kg, fazendo controle completo com os biológicos, ele pode ter incremento de R$ 550,2 mil ao fim da safra. “Essa é a média que trabalhamos, mas há produtores que atingiram números bem superiores por ha”, destaca.

Entre as variedades mais produzidas e consumidas no Brasil está a phaseolus vulgaris, popularmente conhecida como feijão carioca. Como característica, essa variedade necessita de bastante água no seu ciclo de produção. Além disso, são mais sensíveis às doenças causadas por fungos e bactérias. 

De acordo com Luís Felipe da Cruz Rodrigues, engenheiro agrônomo e especialista em biológicos da Biotrop, existem soluções para minimizar e solucionar esses problemas. Pensando na semente, por exemplo, já há no mercado um inoculante, que melhora a eficiência da adubação e promove o crescimento. Com ele é possível aumentar a eficiência da adubação de base em até 25%, reequilibrar a biologia do solo e elevar a produtividade das culturas. “Ele é único na combinação da fixação biológica de nitrogênio e a mobilização de fósforo”, diz Rodrigues.

Também há um inoculante promotor de crescimento composto por cepas exclusivas de Bacillus subtilis, B. amyloliquefaciens e B. pumilus que potencializam o equilíbrio biológico do solo e a produtividade das culturas.

Segundo o especialista, no caso do feijão irrigado, o produtor deve redobrar a atenção principalmente com a bacteriose. “Pelo sistema de irrigação pode ocorrer uma doença causada pela bactéria Erwinia. Ela entra no feijão e pode até destruir a própria lavoura. O controle dela é quase impossível e, depois de estabelecida a doença, tem que manejar para não piorar. Por isso sempre ressaltamos a importância de fazer o manejo preventivo, principalmente nos cultivos irrigados”, destaca.

Outro grande problema na cultura é a mosca-branca, que pode comprometer muito a produção. Para o problema está disponível um bioinseticida, composto por Azadiractina, com proteção UV do ingrediente ativo e características físico-químicas ideais para diluição e aplicabilidade. Assim, sendo eficaz no controle e no manejo de resistência da mosca-branca, pode ser utilizado em agricultura orgânica, possui modo de ação sistêmica, translaminar e de contato e não deixa resíduos nas culturas.
 

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